QUEM SABE ALGUM DIA ESSA HISTÓRIA SEJA CONTADA...

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Agente: Tem 40 minutos... – a soltou e ela sentou de frente pra mim.

Eu: Oi. – sorri de leve.

Pri: Oi...

Nat: Como você está?

Pri: Doente nesse lugar. Quero sair daqui. – começou a chorar – Tudo bem eu perder meus filhos e vê-los só de longe, mas eu quero sair daqui. – ela estava claramente deprimida.

Nat: Hei... Calma... – peguei as duas mãos dela – Para... Estão maltratando você aqui?

Pri: Não. Mas já três detentas se matarem, eu não consigo mais ver isso. – ela falou muitas coisas. – Agora meus filhos estão disponíveis para adoção, vão morar numa casa chique, cheia de luxo, e não se lembrarão de mim. Minha filha me odeia. E agora não verei mais meus filhos.

Nat: Priscilla... Quando você sair daqui eu vou ajudar você. Você vai recomeçar. Você já sabe da adoção e que eu entrei com o pedido. Eu não vou te proibir de vê-los de conviver com eles, mas você é mãe e como mãe, você sabe que o melhor pra eles agora, é ficarem comigo. Isso não te torna menos mãe. Abrir mão deles é um gesto de amor que não tem preço. Você está dando a eles a melhor chance que eles poderiam ter. Se acalma. – eu a abracei e ela chorou copiosamente. O toque dos nossos corpos foi algo diferente. Eu senti e ela também sentiu. Eu não posso me apaixonar por essa mulher.

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