criança

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Eu acho engraçado como ninguém fala sobre como o primeiro amor vai acabar com a sua vida, porque ele de fato vai, sempre acaba muito mal. Eu digo isso por experiência própria.
Quando tive o meu primeiro amor, ou o que eu achava ser amor, já que hoje em dia é muito incerto o que senti naquela idade, veio junto a dependência emocional, que muitas vezes confundimos com amor. A pouca idade faz tudo ser tão intenso que parecia que a paixão nunca acabaria, mas acabou.

Eu tinha treze anos quando achei que amava alguém pela primeira vez.
Eu tinha quinze anos quando achei que amava a primeira garota.

Hoje tenho dezessete, mas não te amei aos dezesseis. Na verdade, relutei. Na minha ideologia, o amor, ele torturava demais, te espremia até não sobrar nada, até eu ver a forma como o seu amor era, nada comparado com o que já tinha visto antes. Me senti uma criança quando te abracei pela primeira vez, me senti uma criança boba beijando escondido atrás da escola.
No primeiro "eu te amo", relutei, te amava, mas não falei.

Às vezes sinto que nem sei quantos textos e poemas teria que escrever para demonstrar tudo que guardo aqui dentro, é turbulento e barulhento, mas é dentro do meu peito que te guardo, talvez como ninguém nunca tenha feito.

Todos os poemas que não te dediquei Where stories live. Discover now