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Park Jihyo 🚨


- Capitã Jihyo, estamos abrindo o portão.

O rádio de comunicação desligou e tirei a arma do coldre em minha coxa. Estava na hora de agir.

O galpão abandonado estava mal iluminado, mas minha lanterna estava bem posicionada acima da pistola em minha mão.

Tomei a dianteira com mais cinco policiais, que abriram o portão manualmente e passei por baixo do mesmo, correndo até uma prateleira repleta de caixas.

Estávamos em um galpão de uma transportadora de rações de gato, e eu precisava resgatar uma mulher que havia sido sequestrada.

O silêncio do ambiente era cortado vez ou outra por uma goteira que insistia em pingar na poça já formada há tempos.

Fiz um sinal para meus companheiros indicando que eu avançaria pela direita e eles deviam me seguir, e com passos lentos e calmos fui até o outro lado.

Olhei para o chão e vi um rastro de sangue. Estava recente.

Acompanhei com o olhar e vi que levava até uma porta, provavelmente para a sala de monitoramento.

Apontei para dois policiais para que me acompanhassem e o resto deveria permanecer, e seguimos o rastro devagar.

Escutei uma voz masculina abafada entrecortando o silêncio, ecoando pelo galpão, seguido de um grito feminino.

E a voz que gritou era familiar demais para mim.

Ignorei o profissionalismo, corri até a porta e a chutei, abrindo de uma vez só, apontando a arma para o homem que estava usando uma máscara bizarra de palhaço cobrindo seu rosto.

Na cadeira a sua frente estava Sana. Amarrada, com uma fita na boca e cordas a prendendo.

- Levante as mãos agora!

Gritei em plenos pulmões. Meu sangue estava fervendo e minha cabeça latejava.

Apontei a arma para o rosto do homem, entretanto ele riu. Com um movimento torturante ele levantou as mãos, em uma delas estava um revólver.

Quis chamar Sana, perguntar se ela estava bem, mas a expressão de desespero em seu rosto estava me deixando cada vez mais ansiosa.

- Coloque a arma no chão! - ordenei.

Enquanto ele abaixava as mãos, muito devagar, me preparei para ir até Sana.

Entretanto houve um disparo.

Vi a cadeira se chocando contra o chão, derrubando junto o corpo de Sana, já sem vida.

- SANA!

Sentei na cama ofegante. Estava suando frio e meu coração parecia que iria sair do meu corpo pela minha boca.

Um gosto férreo invadiu meu paladar e tentei me levantar mas não tive forças.

Era meu quinto mês tendo os mesmos pesadelos. E em todos eles eu perdia Sana.

- Mãe?

Yunjin passou pela porta do meu quarto com Fedido no colo. Os dois estavam com o cabelo arrepiado.

E não demorou para Kyujin e Jiwoo surgirem atrás da irmã mais velha. Senti minhas bochechas úmidas e percebi que eu estava chorando.

A falta de Sana estava me detonando.

Minhas filhas subiram na minha cama e se aconchegaram em mim, Fedido apenas saiu do quarto ignorando meu sofrimento.

Eu estava magoada, machucada e muito triste.

Trouble - SaHyo [EM REVISÃO]Where stories live. Discover now