Oito

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Maria Luiza point of view

...


Hoje finalmente é sábado, concerteza um dos melhores dias da semana, e hoje eu não trabalho. Ganhei o dia de hoje de folga mas a próxima semana o ritmo vai ser frenético, vai ser a semana de preparação para o próximo jogo, segundo o que Daniel falou "vai ser uma loucura".
Meu dia de folga já começa comigo acordando depois do meio dia. Acabei de acordar e são duas da tarde.
Levanto da cama e vou para o banheiro em seguida tomando um banho demorado. Saio do banho enrolada na toalha e vou para o closet a procura de um look para ir ao mercado. Eu poderia ir simples? Sim eu poderia, mas não vou. Gosto de me vestir bem, já que não saio com tanta frequência a não ser para ir trabalhar e ir ao mercado.
Acho uma saia jeans que fica um pouco acima do meio das minhas coxas e coloco um body que deixa as laterais da minha cintura a mostra, calço um tênis e tudo pronto. Finalizo passando um perfume e em seguida me olho no espelho vendo a composição do look. Paty até o último fio de cabelo.

Desço para a cozinha e pego a lista de compras que estava anexada na porta da geladeira. Dou uma última olhada nos armários e na geladeira para ver se precisava comprar mais alguma coisa e então saio de casa.
Tranco a porta e o portão indo até meu carro em seguida. A garagem de Beatriz já virou a minha garagem, meu carro novamente estava estacionado lá. Meu pai me ajudou com o mecânico e o homem veio ontem arrumar meu carro. Motorizada novamente.
Abro o carro e olho rapidamente em direção à casa de Beatriz e vejo que as janelas estão todas abertas dando sinal que ela já estava em casa, as meninas iriam ter treino normal hoje, porém não com a mesma carga horária que nos outros dias da semana.

...

Acabei de chegar no mercado e acabei de pagar um pecado com a língua, abusei da Ariadina aquele dia por ela não ter estacionado o carro direito e acabei de quase bater em uma caminhonete e atropelar um motoqueiro, e ainda estacionei o carro todo torto em uma vaga no estacionamento do mercado que cabia um caminhão.

A mãe é o toque no volante.

Saio do carro entrando no mercado em seguida. Parecia que a cidade inteira tinha resolvido vir no mercado hoje, não cabia mais tanta gente nesse mercado. Pego o último carrinho que tinha empilhado e começo andar pelos corredores. A rodinha do carrinho está torta, o que acaba fazendo eu empurrar com mais força e rapidez.

Eu contei que eu passo vergonha no débito e no crédito?

Os corredores quase não tem lugar para passar com o carrinho. Bufo indo pelo último corredor que tem um pouco menos pessoas. Bufo novamente quando o carrinho emperra e empurro com mais força fazendo ele ir para o lado esquerdo do corredor e bater na bunda de uma mulher que estava olhando algumas bebidas.

Meu senhor onde eu enfio minha cara agora? Socorro vou fingir desmaio.

Que vergonha.

Eu: Me desculpa- falo antes da mulher se virar.

Xxx: Ah, não foi nada- fala se virando e fico surpresa ao ver quem era.

Eu: Letícia?- pergunto ainda surpresa ao ver ela depois de tanto tempo.

Letícia: Malu? Quanto tempo- fala mais baixo para não chamar atenção.

Eu: É... nós nunca mais nos falamos depois... do ocorrido- falo e ela concorda.

Letícia: Como você tá? Vi nas redes sociais que você começou a trabalhar no Palmeiras- fala e assinto.

Eu: Eu tô bem- falo respondendo a pergunta- Depois de um ano eu precisava sair da toca, precisava recomeçar- falo e ela concorda- E você como tá?

Letícia: Eu tô bem- fala simples- Eu tava com saudades- a mesma fala confessando a última parte- Sinto falta da tua amizade, na verdade todos nós sentimos, você sumiu das redes sociais, mudou de número, a Ary falou que não podia falar nada sobre você, ninguém do CT soube o que foi feito de você depois daquele dia- fala e sinto uma pontada no peito. Não queria que nada daquilo tivesse acontecido mas a situação não estava mais em minhas mãos nem no meu controle.

Eu: Eu sinto muito- falo com a voz baixa- Eu também sinto muita falta de vocês, do CT, e por mais bobo que seja até do gramado- falo e rio na última parte- Me desculpa mesmo por tudo o que aconteceu, eu quase acabei com a tua carreira, ainda que o velho teve piedade pelo menos com isso se não eu juro que eu teria ficado arrasada se ele tivesse feito algo com você- falo e ela chacoalha a cabeça.

Letícia: Não foi tua culpa, eu que dei várias investidas em você se não você nem teria falado comigo direito- fala e rio indgnada.

Eu: Para Letícia! Que mentira! Eu era tímida tá?- pergunto rindo e ela gargalha.

Letícia: Tímida? Tá bom- ela ri- posso te dar um abraço?- pergunta e eu afirmo com a cabeça.

A mesma me abraça forte pela cintura e passo meus braços pelo seu pescoço. O quanto eu senti falta do abraço dela, da única pessoa que realmente me entendia, compreendia meus defeitos e mesmo assim não me largava. Acima de tudo (De todos os amassos), éramos grandes amigas, e eu sentia falta disso, de ter alguém que entendesse meus surtos e não me julgasse.

Eu: Eu senti saudade- falo baixo perto de seu ouvido.

Letícia: Oh pequena, eu também- fala me abraçando mais forte- Passa lá em casa hoje pra gente matar a saudade?- pergunta e ri pelo segundo sentido que a frase se transformou.

Eu: Boba- falo revirando os olhos rindo.

Letícia: Tô falando sério! Passa lá em casa hoje? Por favor princesa?- fala fazendo uma cara fofa e reviro os olhos novamente.

Eu: Você não presta Letícia! Eu vou- falo me dando por vencida- Na verdade eu só vou se você me prometer que vai fazer meu brigadeiro preferido- falo em tom de chantagem.

Letícia: Quem não presta é você Maria Luiza- fala revirando os olhos.- Eu faço, eu faço- fala se dando por vencida também.

Eu: Ebaaaa- falo e pulo em seu pescoço novamente- Obrigada- falo sendo sincera.



...

Será que vai rolar remember das duas?


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