Capítulo 7 - Dia de Folks

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P.O.V Ana Castela

– Mãe, acho que tá bom já. Você arrumou esse lençol de cama mil vezes!

– Deixa eu Ana, não é todo dia que se recebe visita aqui em casa

– Você tá mais ansiosa que eu sabia? - falo cruzando os braços

– Vai pra lá vai, deixa eu terminar

– Tá, eu me rendo, tchau - digo levantando as mãos para cima

Ninguém mudaria a ideia de minha mãe e resolvo me contentar com isso. Segurei um riso ao perceber o quão ansiosa ela estava. Meu pai, por outro lado, não falou nada, ficou com um simples "tudo bem". Não sei se isso é bom ou ruim, mas me conformei com esse simples gesto. Recebo uma mensagem de Mioto, relevando que ele já havia chegando em Londrina.

Gustavo: Vou pegar o carro agora, acabei de pegar as malas aqui

Ana: Tudo bem me avisa quando estiver chegando

Olho o relógio ansiosa, parecia que o tempo passava cada vez mais devagar.
Cerca de meia hora depois ele chega. Minha mãe o cumprimenta de imediato. Meu pai se detém a um "bom dia, como ce tá?". Antonela, bem... Antonela é Antonela.
Apesar de tudo o dia passa calmo, Gustavo parece se dar bem com minha família, as conversas fluem facilmente e parece que ele já é um membro dela a anos. Estranho como esse momentos me fazem refletir sobre as coisas.

A madrugada chega e o sono não vem, Mioto dormia no quarto ao lado do meu, o que aceitei a muito contra gosto, apenas para agradar meus pais. Reviro a cama procurando consolo, ao ver que não teria jeito decido levantar, calmamente ando sobre a ponta dos pés para não acordar ninguém.

– Gu tá acordado? - tento sussurrar através da porta, mas não obtenho sucesso

Aceito a derrota e vou até a cozinha pegar um copo de água, pelo visto só me restava a companhia do meu celular.

– Aí caralho - solto sem querer quando, a caminho da cozinha, bato no vaso de flores derrubando-o no chão

Levanto o mesmo rapidamente, torcendo para o barulho não ter sido tão alto. Ando até o bebedouro e espero o copo encher. Acabo me distraindo com a água caindo até sentir algo segurar meu pé, me assusto e de imediato bato com a mão na cabeça da coisa, pera... cabeça?

– Gustavo? Meu Deus isso não se faz, você quase me mata do coração

– Desculpa - consigo ver em sua face que ele segura um riso - não achei que você se assustaria tanto assim

– Você não tava dormindo não?

– Eu estava, até ouvir um estrondo seguindo por um "caralho"

– Perdão, derrubei o vaso sem querer, mas foi bom você ter acordado, não consigo dormir - disse enquanto tomava o restante de água que havia no copo

– Tá sentindo minha falta é? - ele fala ao pé do meu ouvido, me fazendo arrepiar da cabeça aos pés

– Você podia dormir lá no meu quarto sabia? - digo enquanto o beijava

– Muito obrigada, mas quero estar com todas as partes do meu corpo intactas até amanhã

Rio de sua resposta e o puxo para o quarto. Ele me deita na cama enquanto desce beijos pela extensão do meu corpo, me fazendo perder a pouca sanidade que me restava. Aos poucos as peças de roupa são espalhadas pelo quarto. Fixo meu olhos nos seus e é como se o mundo parasse por um instante. A noite estava apenas começando, de qualquer forma eu voltaria para meu quarto antes do amanhanhecer.

Coração Bipolar - Ana Castela e Gustavo Mioto Onde histórias criam vida. Descubra agora