" crise "

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                          { Karl pov }

Não vi ninguém que eu conheço hoje, nem o George, nem o mason, nem o sap

Inferno..

Eu entro em casa e subo direto pro meu quarto

Eu largo a mochila em cima da cama

Eu tiro meus sapatos e minha meia e pego minha toalha pra ir tomar banho

                ( quebra de tempo )

Eu saio do banheiro, eu estava usando um moletom preto e um short branco

Eu boto minha mão no lado esquerdo do meu peito e sinto meu coração acelerado

Eu esqueci de tomar meu remédio hoje de manhã

Ai meu deus ai meu deus ai meu deus

Eu rapidamente desço pra cozinha pra procurar o frasco

Eu fico na ponta dos pés e começo a procurar o frasco do remédio em cima da geladeira

Socorro socorro socorro

Eu vou morrer eu vou morrer eu vou morrer eu vou morrer

De repente alguém bate na porta

Eu vou até a porta e lá estava Sapnap

- oi

Ele fala

- o-oi

Eu falo, tentando ao maximo esconder meu nervosismo

- desculpa não ter aparecido hoje na escola, tive que ir fazer consulta

Ele fala enquanto passa a mão no pescoço

- tá-tá tudo bem

Eu falo, minha voz tremendo um pouco

A expressão de Sapnap se transforma em uma de preocupação

- Karl ce tá bem??

Ele fala com um tom de preocupação e um pouco de desespero na voz

Eu não sabia em oque focar, no sap, no fato de eu estar tendo uma crise, ou onde tá meu remédio

Minha respiração tava rápida pra caralho

- Karl, karl

Eu ouço a voz de sap

- oque você precisa?

- meu remédio..

Eu falo, minha voz trêmula

- remédio?

- meu remédio pra ansiedade

Sapnap arregala os olhos

- ok

Ele acena com a cabeça

- onde que você guarda os remédios?

- o-o meu remédio pra ansiedade fica em cima da geladeira, é o único remédio lá

- ok ok, vai se sentar no sofá, eu pego o remédio

Eu me senti no sofá

Eu estava arranhando as mangas do meu moletom, pelo menos não são meus braços dessa vez

De repente sapnap se senta do meu lado

- pega

Ele me entrega uma pílula

- essa é a dose certa né?

Eu balanço a cabeça sinalizando um sim e coloco a pílula na boca

Ele me entrega um copo d'água

Eu logo bebo um gole

- desculpa

Eu falo

- não pense em pedir desculpas

Ele coloca a mão na minha coxa

- você não tem culpa disso, e também não é um incômodo

Logo eu sinto meu coração des-acelerando

- só-

Eu respiro fundo

- só pra avisar, caso eu fique sonolento, é efeito do remédio tá? Não se preocupa

Eu seguro a mão dele

Nós dois ficamos em silêncio por uns segundos

- tá passando?

Ele pergunta

Eu balanço minha cabeça sinalizando um sim

- o-oque você tinha vindo faze quando apareceu aqui?

Eu pergunto

- vim te ver

Ele sorri

Minhas bochechas esquentam um pouco

Eu dou um leve sorriso

Eu escoro minha cabeça no ombro dele

- você vai ter que se acostumar porque eu vou aparecer aqui bastante só pra te ver

Eu dou um leve riso

Nós dois ficamos em silêncio

- quando que você começou a ter essas crises?

- ah- bem..

Eu paro pra pensar um pouco

- des dos meus treze eu acho, mas só fui começar a tomar remédio no início desse ano

Eu suspiro

- foi quase uma guerra pra minha mãe me deixar ir em um psiquiatra, e mais outra guerra pra ela deixar eu tomar o remédio

Ele acaricia meu cabelo

- Não sabia que sua mãe era assim.. ela sempre legal..

- pois é, pros outros ela é, agora pra mim..

Eu suspiro, parece que tá fazendo efeito

- acho que o remédio tá fazendo efeito, se quiser ir pra casa pode ir, talvez eu vá tirar um cochilo

Eu bocejo

- tem certeza?

Ele fala

Eu apenas balanço a cabeça sinalizando um sim e me levanto do sofá

- promete pra mim que vai me ligar se acontecer denovo?

Ele pergunta enquanto se levanta do sofá

- prometo sap

Eu o abraço

- promete mesmo?

- prometo

Ele me aperta

- você me deixou preocupado

- eu sei, mas eu tô bem agora

Eu falo

Nós dois largamos o abraço

Nós dois vamos até a porta da frente

Eu abro a porta e aceno pra ele

Ele acena devolta pra mim com um olhar preocupado

Continua...

Palavras: 726

- linhas das nossas promessas -Where stories live. Discover now