ME PERDOE, CAROLINE - LIVRO 5 [COMPLETO ATÉ DIA 01/07]

CAPÍTULO 36

|Elias Brown|

Toquei a aliança em meu anelar com a ponta do dedão, sentindo um orgulho tremendo em meu peito por saber que existe uma idêntica nela. Caroline é minha, agora oficialmente, e continuará sendo até o meu último suspiro de vida. Foi incrível vê-la usando o vestido de noiva, a felicidade sobressaindo qualquer detalhe da maquiagem bem polida em seu rosto e o cabelo amarrado em um coque perfeito.

Minha esposa.

Como é possível que duas palavras consigam mexer tanto assim comigo? Não sei explicar, apenas sentir essa intensidade que nos consome a cada dia que passa. Sinto saudade de acordar ao seu lado e ver-me abraçado ao seu corpo nu... mal vejo a hora de fugirmos para a nossa lua de mel e aproveitar um pouco a sós, pois Elijah virá junto e teremos que dosar bem as horas nessa viagem.

— Que sorriso bobo no rosto é esse, meu irmão?

Mordi o lábio inferior, guardando uma gargalhada ao ser abraçado por Aurora. Apesar de quase ter acabado com a minha paciência nos últimos dias, sou grato por ter essa pirralha na minha vida e por ser o seu irmão mais velho.

— É o sorriso de um homem completamente apaixonado e muito bem resolvido com a sua vida amorosa.

Dizer tais palavras em voz alta é libertador. Só eu sei o quanto sofri negligenciando os meus sentimentos por ela, com medo dos julgamentos e das consequências. Mas Caroline conseguiu ser teimosa o bastante para me fazer enxergar a verdade e perceber que, por pouco, a perdi.

— É tão bom ouvir isso. – Falou, suspirando ao olhar em direção à amiga. Fiz o mesmo, sentindo o meu coração atrapalhado com os batimentos ao admirá-la de longe. — Estou feliz por vocês dois, sempre quis que você deixasse de ser um babaca e percebesse a mulher incrível que ela é. Obrigada por abrir os olhos!

— Se tem alguém aqui que precisar agradecer, essa pessoa sou eu. – Confessei, lhe dando um beijo na testa. — Obrigado por tudo, irmã, eu te amo!

— Eu também te amo, Elias! – Fungou, apertando os braços envolta de mim.

Nossos pais se aproximaram e fizeram parte do abraço fraterno. Consegui ver James, meu cunhado, de longe nos observando e apesar de não ter tanta intimidade com o infeliz, achei que seria de bom tom chamá-lo para fazer parte desse momento. Aliás, futuramente será o marido da minha irmã... então é bom já começar a entrar na linha e entender como as coisas por aqui funcionam.

— Esse é um dos dias mais felizes da minha vida. – Sorri abertamente, ouvindo a minha mãe falar.

— O meu também! Quem diria que ele seria o primeiro da família a se casar?

— Cala a boca, pirralha! – Revirei os olhos. — Ainda precisa comer muito arroz e feijão para dar um passo como esse na sua vida.

Aurora imitou o meu gesto com os olhos, puxando o namorado pelas mãos ao se afastar com nossa mãe. Apertei o ombro do meu pai, imaginando que estivesse bem nítido o tamanho da minha felicidade.

— Fique de olho nele!

— Sua irmã é responsável e a pessoa que eu deveria olhar acabou de resolver a própria vida. – Falou, deixando-me surpreso ao ouvi-lo. — Agora sim posso curtir a minha aposentadoria em paz!