Capítulo 20: Isso ainda não acabou.

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———— S/N GARCIA

ACORDEI AGORA, COM A LUZ DO sol. As meninas não estão aqui, acredito que já foram para o café.

Me levantei da cama e escolhi uma roupa, peguei minha escova de dentes e fui para o banheiro feminino que fica perto do chalé da coordenação.

Chegando lá, eu escovei meus dentes e logo entrei em uma das cabines para trocar de roupa.

Minha roupa para agora, é um cropped azul, um short jeans comum e uma havaianas branca com a bandeira do Brasil na corrente.

———— ROUPA: S/n.

———— Se não gostou, pense em outra

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———— Se não gostou, pense em outra.💙

Escutei a porta do banheiro abrindo, mas não dei bola. Saí da cabine e dei de cara com Liana, Helena e Ariela.

— Olha meninas, não sabia que piranha respirava fora d'água. — revirei os olhos com a fala de Liana.

— Olha garota, fica com o Miguel se você quiser. Eu não tenho nada com ele. — tentei passar por elas para sair, mas Ariela me empurrou, me fezendo cair no chão.

— Você ta achando que vai onde? — Helena debochou.

— Ainda não terminamos a conversa. — Ariela completou.

— Meninas, segurem ela. — Liana ordenou e elas obedeceram, Ariela me segurou pelo braço esquerdo e Helena pelo direito.

— Me solta! Eu ja falei que não tenho nada com ele. Beija quem você quiser. — eu me debatia tentando me soltar.

— Cala a boca! — Liana deu um tapa na minha cara, o que me fez congelar por um tempo — Ari, o isqueiro. — estendeu a mão.

— Lia, acho que ela já entendeu.

— ME DA O ISQUEIRO AGORA. — a ruiva, com medo, estendeu um isqueiro branco na direção da amiga, ainda me segurando.

— Eu falei. — acendeu o isqueiro, aproximando ele do meu braço, fazendo assim, queimar minha pele. Minha vontade era gritar. — Eu falei que ia te fazer pagar, S/n.

— Liana, me solta. Para com isso. Olha o que você está fazendo por causa de homem.

— Por causa de homem não. — continuou queimando meu braço — Por causa do meu homem.

As lágrimas estavam insistentes quanto cair, mas eu lutava ao máximo para evitar.

— Lia, chega! — Helena afastou a amiga.

— Por que você fez isso, Lena?!

— Se você machucar muito ela, vão desconfiar. Creio que ela já entendeu. Né, S/n?

Ariela e Helena me soltaram. Mas logo Liana veio até mim e segurou meu rosto com força.

— Isso ainda não acabou, vadia. — ela e suas amigas saíram do banheiro como se nada tivesse acontecido.

Eu respirei aliviada, deixando as lágrimas finalmente mancharem meu rosto.

Meu braço ardia muito, podia sentir a minha pele ainda queimando.

Me encostei na pia do banheiro, me olhando no espelho.

Eu já não aguento mais. Tudo isso por causa de um garoto popular na escola e extremamente bonito, no qual eu infelizmente, decidi me envolver.

Eu sabia que não devia ter feito isso. Mas por que eu não me ouvi? Por que tenho que passar por isso?

Limpei minhas lágrimas, e passei uma água no rosto, tentando esconder meus olhos avermelhados, o que foi inútil.

Juntei minhas coisas e as levei novamente para a cabana e fui tomar meu café, como se nada tivesse acontecido. Mesmo sem fome.

Ao chegar no refeitório, avistei meus amigos e Miguel conversando alegremente em uma das mesas.

Fiz a cara mais alegre que consegui no momento e fui até eles. Como o único lugar vazio era ao lado de Miguel, ali me acomodei.

— Bom dia, gente. — cumprimentei.

— Bom dia, S/n! — eles devolveram a ação.

— Por que seus olhos estão vermelhos, amiga? — Becca perguntou preocupada.

— Eu também não sei, acho que é por que eu de mais. — eu ri.

— Tem certeza? — Maddy questionou desconfiada.

— Deve ser, eu acordei assim então não sei.

— O que é isso no seu braço? — Miguel segurou meu braço com delicadeza e olhou a ferida avermelhada que o isqueiro na mão de Liana fez.

— Eu passei o braço sem querer na madeira e raspou. — dei de ombros.

— Certeza? Isso não parece um ralado.

— Mas é. — puxei meu braço de volta.

— Não vai comer, S/n? — July perguntou comendo a última uva em seu prato.

— Já estava até me esquecendo. — ri e me levantei da cadeira — Já volto.

Fui para a mesa onde estava sendo servido o café e peguei um prato, procurando algo para comer.

— Oi. — disse ao meu lado.

— Você de novo? Já não deixei claro que não quero mais nada com você?

— S/n conversa comigo, eu sei que isso no seu braço não é um ralado e sei que seus olhos estão vermelhos por que você dormiu de mais. Sei que não está tudo bem. Me conta o que ta acontecendo.

— Você não sabe de nada, Miguel. Me deixa em paz, vai embora, some da minha vida, me esquece. Ta bom? Me esquece!

— Quando uma pessoa é muito importante pra outra pessoa e quando essa pessoa faz tão bem para a outra, ela se torna inesquecível. Então me diz, S/n. Como eu vou esquecer você?

— Só não caça mais papo comigo, ta? Eu não quero mais problemas.

— Então você admite que tem algo acontecendo?

— Vai embora, Miguel! Que inferno. — eu saí de perto do garoto, largando o prato em cima da mesa.

Saí do restaurante sem falar mais nada e caminhei até a praia.

Me sentei na areia e me debrucei sobre meus joelhos.

Por que comigo?

———— NOTAS DA AUTORA

E aí minha gente, ceis tão de boa???

Ai viado, que deprê que a S/n ta. Eu hein, só derrota na vida da menina. #JusticeForS/n

Mas eai, gostaram??? Me contem!!

Kissis da autora e até o próximo capítulo lindas🙅🏻‍♀️🫶🏻💙

MINHA VIDA É UM CLICHÊ | MIGUEL M. Onde histórias criam vida. Descubra agora