Cap.4- Ela

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A nossa paixão proibida havia se tornado um fardo pesado demais para a família de Rosa. Embora nosso amor fosse profundo e verdadeiro, a pressão social e o ódio que seu pai nutria por mim eram inegáveis. Foi então que uma reviravolta trágica aconteceu, mudando o curso de nossas vidas para sempre.

Rosa e eu enfrentamos um novo desafio além de seus pais decidirem de proibi-la de me ver, seu pai, impiedoso em sua determinação de nos separar, manteve Rosa praticamente em cativeiro, trancada em casa. Ele não estava disposto a permitir que nossa história de amor continuasse. Nem mesmo conseguia descobri informações da saúde de Rosa com os empregados, parecendo esta todos contra mim.

Dias se passaram sem notícias de Rosa. E para minha desgraça, seus pais, que haviam se mudado para uma cidade pequena na qual ela nasceu, pareciam ter desaparecido com ela. Eu estava desesperado, sem saber para onde eles a tinham levado. O medo de nunca mais vê-la se apossou de mim, e minha vida sem ela era um vazio insuportável que eu estava disposta em não aceitar.

Eu não aceitava ficar longe dela! Ela era meu amor, minha alma gêmea, não poderia perdê-la assim!

Durante semanas, busquei por pistas do paradeiro de Rosa, procurando-a como um homem enlouquecido. Percorri cidades vizinhas, conversei com pessoas desconhecidas na rua, mostrando a única foto que possuia dela, mas ninguém sabia onde ela estava ou quem era ela. Meu coração estava dilacerado, e o desespero crescia a cada dia que passava. Me sentia doente, caindo em cada esquina para desaba em lágrimas.

No entanto, eu estava determinado a não desistir. Meu amor por Rosa era inabalável, e eu faria qualquer coisa para encontrá-la. Os dias se transformaram em semanas, e as semanas em meses, enquanto eu seguia em busca de minha amada. A esperança era o único fio que me mantinha seguindo em frente, mesmo nas circunstâncias mais sombrias que me percorria na mente.

Deveria ela ter casado nesse meio tempo?

Rosa havia desaparecido da minha vida, mas seu amor permanecia em meu coração como uma chama eterna, e eu estava disposto a enfrentar o mundo para tê-la de volta em meus braços, contaria tudo em mínimos detalhes quando a encontrasse e desejaria colocar o anel que eu comprei para ela. Não era uma coisa luxuoso, mas tinha meu sangue gasto no objeto.

A noite se aproximou, acabo desabando em um banco de bar, pedindo qualquer bebida que conseguisse pagar. Meu cansaço é nítido, o que fazem a curiosidade do dono do bar aparecer.

- Você me parece doente ,rapaz- Disse ele, servindo uma cerveja e um sanduíche de atum. Olho confuso para o prato, o que faz ele sorrir com aquele grande bigode- Por conta da casa.

- Obrigado, estou faminto.

- Me parece que não come a anos.- Disse divertido, lavando alguns corpo.

- Não diga bobagem- Digo mastigando com uma serva selvageria.

- Mas o que faz nesse cidade? Sei que não faz parte da população, conheço todos daqui. Cidade pequena, sabe.

- Conhece todos? Então conheci essa moça?

Desesperado tiro a foto do bolso, a cerveja cai lentamente enquanto vejo o semblante frisado do dono do bar.

AlusivoWhere stories live. Discover now