Brooklyn não é para amadores.
Foi um dos primeiros ensinamentos do meu avô por parte de mãe, Jeremiah. Já meu avô por parte de pai, Gerard, dizia para eu trabalhar muito e assim sairia do Brooklyn e iria para um lugar melhor. Aprendi com ambos, mas trabalhar muito não me tirou do Brooklyn, entretanto me fez uma veterana do bairro.
E isso vale muito.
Então quando o carro chique quebra perigosamente perto de Brownsville e eu vejo de relance que é uma mulher sozinha, decido ajudá-la antes que se meta em encrenca. Ou melhor, a encrenca ache ela.
Deixo a vassoura que estou varrendo a calçada em frente a bodega que trabalho de lado e vou até o carro, batendo no vidro de leve. Mas bem que poderia dar uns socos, já que parece blindado. Provavelmente é.
— Você precisa de ajuda? Não devia estar por aqui com um carro assim — digo, tentando ser amigável com a granfina que deve estar morrendo de medo.
O vidro da janela é abaixado e agora vejo com clareza a ruiva que me encara de volta.
— Nem me diga.
Dou um sorriso reconfortante.
— Ei, meu nome é Lexi. Quer ajuda? — Sou educada.
— Por favor — responde. Ela pisa no acelerador, mas o carro não se move. Franzo as sobrancelhas, me afastando e dando uma olhada no automóvel. Reparo em um dos pneus.
— O pneu traseiro furou — anuncio.
— Eu pensei nisso, mas não queria acreditar — olha para cima, derrotada — estou indo para uma reunião do trabalho. É muito importante. Eu...
— Você pode continuar falando, mas antes me diz se tem as coisas pra trocar o pneu — a interrompo — eu faço pra você.
Não que eu goste ou seja boa nisso, mas vai quebrar o galho.
— Jura? — Ela arregala os olhos, me encarando esperançosa.
— Abre a mala, madame — digo apenas com humor, indo pra parte traseira.
— É Pepper. Pepper Potts — se apresenta enquanto eu confiro se ela tem um step e tudo mais — prazer te conhecer, Lexi.
Aposto que sim.
— Aqui tem tudo que eu preciso, pode ficar no carro — digo, começando o trabalho.
— Eu sabia que ia precisa disso em algum momento! Engole essa, Tony "qualquer coisa liga pra uma oficina mecânica" Stark! — Resmunga consiga mesma.
Tony Stark? O playboy armamentista? Será que ela é a namorada dele? A do mês, pelo menos.
— Obrigada mesmo, Lexi! Se importa se eu dar um telefonema rapidinho?
— Fica a vontade. Só sobe o vidro antes, tá?
Reprimo a risada ao ver a careta assustada dela, subindo o vidro rapidamente. Consigo ouvir uns trechos da conversa e a ruiva parece brava com alguém. Quando termino, deixo tudo no lugar e vou até a donzela em perigo.
— Prontinho. — Anuncio com um sorriso orgulhoso, sendo encaranda como uma super heroína.
— Muito obrigada. Quanto te devo?
— Nada, eu não sou mecânica — dou risada — foi só um favor. Sou só o tipo de pessoa que faz o que precisa ser feito. — Dou de ombros, fazendo pouco caso.
Ela assente, olhando para o meu avental de serviço e então para o meu rosto novamente.
— Posso retribuir o favor, então?
— E como isso funcionaria?
— É mais um outro favor para mim, na verdade — admite, sorrindo envergonhada e pegando um cartão da sua bolsa. Pego com cuidado, já que minhas mãos estão sujas. "Pepper Potts, Industrias Stark". — Eu estou precisando de alguém para um trabalho bem específico, com o seu talento de "fazer o quê precisa ser feito".
A encaro confusa e desconfiada, claro.
— O que é?
Ela me olha como se tivesse tomando coragem para dizer. Que tipo de trabalho é esse?
— Babá do Tony Stark.
quem aí aceitaria a vaga de emprego? hihi
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supernanny ♡ vingadores
FanfictionLexi está acostumada a cuidar das pessoas. Já foi babá de crianças, cuidadora de idosos e até conselheira de adolescentes. Para ela, é fácil fazer o quê precisa ser feito. Mas nada a preparou para ser babá do playboy, bilionário, filantropo - e muit...