espetáculo alienígena

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  Eu odeio me sentir diferente.
  Com seis anos, parecia que eu não sabia como ter seis anos, eu não era esperto, nem arrogante pra ficar na mesa dos adultos bancando o intelectual, e muito menos queria ser diferente.
   O mundo não é para pessoas, é para adultos.
  E mesmo que eles digam que a criança interior deles ainda está viva. Isso. É. Mentira.
  Um quadro do Pequeno Príncipe não te faz um deus. Também não te faz ser diferente, pick me de quarenta anos!
  Ser diferente não é ser especial. Não existe esse lance de "todo mundo é especial", porque isso só não tem nem pé nem cabeça. Acho que ser especial, é, relativo. O que é especial pra mim, pode não ser pra você. As pessoas funcionam da mesma forma, seja por ser especial, seja por ser diferente.
  Porém estar em um corpo e numa mente que te GRITA vinte e quatro horas por dia, desde o momento que você começou a pensar, que tem algo de errado com você, é frustrante.
  Eu não sou o Homem-Aranha. Nada. Eu digo nada. Vai tornar o diferente, especial.

Eu acho que perdi o meu ponto, perdão.

  O que eu quero dizer, é que os adultos não entendem a sensação de não fazer parte de nada, eles dizem que a escola não tem tanta importância assim, mas é chato. É triste, faz  a gente que é desse jeito se sentir um alienígena, eu me sinto num espetáculo.

  Não conseguir se encaixar, é um saco.
 

Não espere muito, isso veio de um adolescenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora