CAPÍTULO 9

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Chu estava na floresta mas desta vez na beira do rio com seu violão que ele mesmo o fez, testando suas cordas e orgulhoso de seu trabalho. As folhas alaranjadas do outono caíam sobre sua cabeça e logo sobre seu pés e ao olhar para cima, via os esquilos correndo e a árvore de outono coberta de folhas alaranjadas. Isso o lembrou alguém, mas ele tentou esquecer e continuar a testar seu violão, no primeiro acorde saiu um belo som assim como Jô segundo, terceiro e no quarto ouviu-se alguém chorar.
Chu caminhou até a fonte do choro e quando chegou lá, viu uma moça de cabelos escuros com seu vestido esverdeado.
- Tá tudo bem?- perguntou Chu
Ao se virar a moça possuía olhos castanhos e cílios avantajadas que brilhavam sobre suas lágrimas e, naquele momento Chu nunca viu tanta beleza.
- Me desculpe, eu fui assaltada por um homem e não posso voltar para casa.- disse a moça enquanto limpava seu rosto.
- E onde a...senhorita mora?
- Sou da vila vizinha, Armor.
- Eu sou o Chu, tem alguém que você conheça por aqui?- Perguntou Chu enquanto olhava os olhos castanhos da jovem em prantos
- Não, eu estava aqui a negócios mas acabei me perdendo.
Chu olhava para a moça e depois percebeu quem podia ajudá-la. Nila andava pela floresta na esperança de encontrar Chu como sempre fazia, e ao vê-lo perto do rio correu para assustalo mas, ao ver que ele estava abraçado com uma bela moça, seus infinitos disseram para ela se esconder atrás da árvore e observar. Assim que Chu guiava a moça ate a vila, Nila os seguia esndondida a cada canto. Logo viu a moça entrando em uma carruagem simples e como ela estava feliz abraçando fortemente um rapaz alto e charmoso seu coração se aliviou e tranquilizou mas ao ver a moça dando um beijo na bochecha de Chu, Nila ficou boqueaberta e saiu para não sentir mais dor. Chu tocava sua bochecha maravilhado com a beleza da jovem e logo percebeu que esqueceu seu violão perto do rio e voltou para buscá-lo, chegando no local entre as rosas e os arbustos de espinhos Chu avistou Nila e se aproximou lentamente para assustá-lá, ao pular em sua frente Nila não teve nenhuma reação e Chu achou estranho aquilo.
- Você tá bem?- Perguntou Chu
- Aquele garota era muito bonita, não era?- Nila disse com seus dedos sintilando sobre a água. Chu sentou ao lado de Nila e a abraçou
- Nila não fica com ciúmes, você é minha melhor amiga.
- Ciúmes? Eu? Não me faça rir.- disse Nila se levantado enquanto Chu ia atrás dela.
- Nila espera- Chu disse puxando a barra de seu vestido assim, os dois caindo dentro do rio. Chu saiu procurando ar mas começava a gritar por Nila com medo de estar se afogando.
- Eu tô aqui- disse Nila com os braços cruzados toda ensopada.- O rio é raso, acho que nem um bebe se afogaria aqui.
Chu andou com forças sobre a água para ajudar Nila mas ela fez uma pequena onda molhando Chu, assim Chu retrucou e os dois começaram a brincar jogando água um no outro. Nila havia parado pois sentiu a água machucar seus olhos e, Chu preocupado foi até ela ver se estava bem, Chu olhava os olhos verdes e os cabelos alaranjados de Nila comparado as folhas de outono que caiam das árvores. Chu sentiu algo ao ver Nila daquela maneira e para ele, ela estava mais bela do que a jovem que ela havia ajudado, e então os dois se aproximavam um do rosto do outro, Nila fechou os olhos e Chu fez o mesmo prestes a sentir os lábios macios e rosados nos seus.
- Nila!- Um grito ecoou sobre a floresta e era ninguém mais ninguém menos do que Célia.
- Célia, o que faz aqui?- Perguntou Nila tirando sua mão do rosto de Chu enquanto ele a olhava em pânico, Célia permaneceu em silêncio e depois correu sumindo do prado, Nila e Chu correram atrás dela enquanto se aproximavam da mansão dos Hundest, Nila parou Chu e o mandou ir para casa mas Chu não a queria deixar se fosse para enfrentar que enfrentariam juntos, mas Nila o matou ir e ele não teve outra escolha a não ser realmente ir. Chu sumiu pela floresta pegando um atalho para casa, Nila entrava lentamente em casa enquanto seu vestido pingava a água do rio, ela abriu a porta e parecia que estava a caminho de sua sepultura mas ao entrar na casa e a mansão estar vazia, pensou que seu pai não estava mas ao subir as escadas foi interrompida pela voz de seu pai. Nila se virou e os Silvanos estavam à olhando com um olhar decepcionado. William chamou Nila para baixo então assim ela o fez enquanto a barra de seu vestido molhado escorria sobre a escada e seus pés deixavam pegadas. Quando Nila olhava para seu pai a mão de William tocou em seu rosto o deixando vermelho como seus lábios, sim, seu pai havia lhe dado um forte tapa.
- Vou lhe ensinar como sua mãe nunca lhe ensinou.- William puxou seu sinto e batia em Nila na frente dos Silvanos enquanto ela caia fraca e em prantos sobre o chão, cada dor da cinta ela sentia o ódio de seu pai por ela ter quase beijado um Lake, por nunca ter tido um filho homen, por tê-lo envergonhado na frente dos Silvanos e pela sua mãe. Para Nila aquilo não era só pelo acontecido daquele momento, mas por todos os anos. Mas ao abrir o olhos seus pai havia parado quando Célia se interviu na frente.
- Célia saia da minha frente.
- Já chega, ela é só uma menina.
- Ela é minha filha e não a sua.
Célia deu um olhar de tristeza mas mesmo assim, ainda protegia Nila. Nila se levantou fraca e dolorida se segurando para não cair nas escadas ate chegou ao seu quarto, ao abrir a porta ela tirou suas roupas e se enxugou com uma toalha roxa, e sobre o espelho de sua penteadeira o reflexo de Célia estava atrás dela, Nila a olhava com ódio e desprezo enquanto.
- Você está bem?- Perguntou Célia com uma voz triste e preocupada.
- O que você acha? Conseguiu arruinar minha vida, como sempre.
- Eu não disse anda ao seu pai.
- Mentira, você foi a única que nos viu lá na floresta.- Disse nila pulando para cima de Célia.
- Não é verdade, fique em choque quando vi e n consegui pensar em outra coisa a não sei correr. Mas quem contou foi...Elias.
Nila ficou incrédula e não adimitia acreditar em Célia, mas Célia se aproximava e sentou Nila em sua cama enquanto a jovem de cabelos alaranjados a encarava com ódio.
- Fui levar Elias para um passeio e derrepente ele sumiu e quando o achei ele viu vocês dois no rio mas não viu vocês quase se beijando.
Nila não queria acreditar naquela história sem sentido, mas ao ver Elias na porta de seu quarto algo lhe dizia que Célia não estava mentido. Nila pulou da cama e abriu a porta, puxando Elias para dentro.
- Como pode fazer isso- gritava Nila.
- Fazer o que? Ver você destruir sua reputação? Acha que mão conheço a rivalidade entre as famílias de vocês?- Elias dizia levantando a voz para Nila e a empurrando na cama, Célia tentava o expulsar do quarto mas Elias a empurrou de lado.
- Você será minha esposa e não a dele.- Elias saiu batendo a porta do quarto deixando Nila se sentindo perdida, Célia se levantou do chão e tentou reconfortar Nila mas a jovem a empurrou de lado a mandado ir embora, como Célia queria respeitá-la no fundo ela sabia que Nila tinha esse direito, pois ela havia tomado o lugar de sua mãe, Nila deitou sua cabeça sobre a barra do colchão e quando se ouviu a porta fechar suas lágrimas caíram enquanto sufocava seus gritos de ódio e da dor da injustiça, ela pegou novamente seu baú debater da cama, retirando uma foto de sua mãe e seu pai juntos e então ao se levantar, pegou uma tesoura e retirou a foto de seu pai e jogou em sua lareira fazendo com que o fogo subisse mais.

Me Encontre Na Floresta Where stories live. Discover now