06.

5.6K 360 14
                                    

Maju

Acordei no susto com o grita da Ana Clara e dei um pulo da cama. 

maju: porra,ana Clara- coloquei a mão na cabeça e escutei sua gargalhada- que filha da puta,mano. 

Clara: aí,meu Deus- falou ainda rindo e colocando a mão na barriga- tu tinha que ver sua cara e o pulo que deu. 

Maju: tu é uma piranha mesmo. Que ódio da sua cara - sentei - porra,mano,eu tava num sono tão bom. 

Clara: desculpa- foi parando de rir e fechei a cara pra ela- mas olha, chegou essa cesta de café da manhã junto de um buquê.

Falou e só aí eu vi a cesta no pé da cama junto de um buquê.

Maju: e daí? Não é pra mim - levantei - vou pra minha casa terminar de dormir, já que tem gente que não deixa. - ela riu. 

Clara: claro que é,tem o seu nome na cartinha- franzi o cenho- vem ver. 

Me aproximei e vi que na cesta tinha pão de queijo,frutas,um bolo,suco e alguns doces. Fora as flores que estava com uma cartinha. Peguei para ver e realmente tinha meu nome,abri para ver e comecei a ler: 

"Qual foi,pô 

 Te vi no baile ontem e tu nem deu atenção, caiu fora sem nem falar comigo. Fala aí, vamos nos encontrar e colocar os papos em dias. Senti tua falta, Maria." 

Terminei de ler e olhei para a Clara que estava com um sorriso. Não tinha o nome de quem mandou,mas nem precisava, eu já sabia quem era só pela forma de me chamar. 

Ninguém me chama de Maria,exceto uma pessoa e essa pessoa eu quero passar bem longe. 

Clara: que fofo- falou dando risada e mandei dedo para ela. - vão se encontrar? - pelo visto ela se ligou também de quem se tratava tudo isso. 

Maju: não. - falei e peguei a cesta - a única coisa que vou querer é a cesta,de resto pode ficar. 

Peguei a cesta e falei que ia embora, queria continuar dormindo e já estava um pouco estressada com a Ana Clara por ter me acordado. 

No meio do caminho vi Ele, patinho e o loirinho. Ele também me viu,deu um sorriso e virei a cara. 

Não quero conversa nenhuma com ele. Playboy foi embora sem nenhum aviso,sem nenhuma despedida e ele está muito enganado se acha que vai conseguir entrar na minha vida novamente. 

Assim que cheguei em casa deixei a cesta na mesa e já fui deitando na cama,minha cabeça estava doendo e eu só queria dormir. 

Até porque domingo é o único dia que eu realmente posso  descansar.

Playboy

Ontem no baile eu vim embora assim que consegui, tentei descobrir alguma coisa dela com os meninos e eles só falaram uma coisa,mas que me pegou de surpresa, que foi a morte do pai dela. 

Eu não sabia que seu pai tinha morrido e imagino o quanto ela deve ter sofrido. Maria era apegada demais ao pai,lembro que toda vez que a gente se encontrava ela falava do pai, do quanto queria se formar e dar uma condição melhor para o pai,aposentar ele e ter uma vida tranquila. 

Minha consciência pesou também, porque mesmo que eu não fosse trazer o pai dela de volta, sei que seria importante estar ao lado dela. 

E parando para pensar,talvez seja por isso que ela me evitou ontem no baile. 

Só que eu já tentei me redimir com ela, mandei flores e uma cesta de café da manhã. 

Tentei localizar ela e falaram que ela tinha ido dormir na casa de uma amiga, comprei os bagulho e mandei entregar lá. 

Já era dez da manhã e eu estava na rua conversando com o loirinho, por enquanto ele vai ficar por aqui no Jacaré. O gerente da boca 5 rodou e ele vai ficar no lugar do mano. 

Loirinho: brota aqui,meu mano - falou com um vapor que estava pensando. 

Olhei e não lembro de já ter visto ele por aqui,deve ter entrado quando eu fui embora. 

Loirinho: esse daqui é o patinho- apresentou e o mano balançou a cabeça. 

Playboy: beleza? - ele concordou.

Patinho: tudo na paz- balançou a cabeça- qual é a boa? 

Loirinho: a boa é só mais tarde,fala aí- dei risada negando e eles foram puxando papo. 

Olhei o movimento do pessoal passando e foi quando vi ela. Maria passou e olhou na nossa direção, dei um sorriso de lado quando vi ela segurando a cesta e ela desviou o olhar toda séria. 

Já tava ligado que ela estava bolada com alguma coisa, mas fiquei feliz por ela estar com a cesta. Só dei falta das flores. 

Loirinho: a mina das ideias ganhou flores- virei escutando ele falar e ele mostrou a foto. 

Olhei direitinho pra ver se era aquilo mesmo que eu estava vendo, e era as flores que eu tinha mandado pra Maria. Fechei a cara legal com aquilo. 

Patinho: ih,não entendi legal- falou olhando para a foto também. 

Playboy: nem eu - olhei sério. 

Ela deu as flores que eu dei para ela pra amiga? 

Porra. 

Patinho: vou meter o pé, tenho uns bagulho para resolver. - falou e fez toque saindo. 

Playboy: tenta localizar a casa da Maria Júlia pra mim - falei para o loirinho e ele concordou- vou meter o pé pra casa também,qualquer coisa é só chamar no rádio. 

Ele concordou e fui subindo a rua para ir pra casa que eu vou ter que ficar por um tempo, já que a casa que eu vou morar ainda está em reforma e tá para chegar os móveis. 

A rua é até tranquila, os menor tudo brincando e correndo. 

xxx: brinca com a gente,tio - a piveta chamou e veio segurando na minha mão. 

Dei risada e brinquei ali com ela, bagulho de pular amarelinha e eu quase ia caindo. Ficaram tudo rindo da minha cara, gastaram legal agora.

Playboy: chama do fut,quero ver - eles riram. 

Ryan: aí vai e o senhor é ruim também- gastou legal com minha cara. 

Playboy: e pivete, se liga- bati na cabeça dele - pai aqui é aulas. 

Lívia: o senhor também disse que era aulas na amarelinha- falou dando risada com  os moleques. 

Playboy: aí já é outro bagulho- apontei e eles riram. 

Brinquei mais um pouco com eles e depois entrei em casa. 

Sou amarrado em criança,papo reto. 

Ainda vou ter um time, se liga só. 

Comentem e deixem sua estrelinha, bjs!

a força do destino. Where stories live. Discover now