Capítulo 13

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- Claro. - ela respondeu.
Fomos até minha casa.
- Qual seu nome mesmo? - perguntei.
- Laura, e o seu?
- Tomas.
- Lindo nome.
- Valeu, o seu também.
Sorrimos.
Quando entramos, perguntei:
- Vai ligar para seus pais?
- Não precisa, minha casa é logo ali.
- Ah, tudo bem.
- Obrigada por me deixar vir aqui.
- Não foi nada. Era o mínimo que eu precisava fazer.
- Hm, quer alguma coisa? Água ou, sei lá, alguma coisa? - perguntei.
- Não, obrigada.
- E games? Gosta de algum? - perguntei novamente.
- Sim. Na verdade, amo Call of Dutty e Mortal Combat.
Não pude acreditar, ela era perfeita.
- Sério? - perguntei mais uma vez.
- Sim. - ela riu.
- Então, vamos?
- Vamos.
Subimos as escadas, claro que ela precisou me ajudar mas, estava tudo bem.
- Pode se sentar ali. - falei apontando para minha cama.
- Que jogos você tem? - ela perguntou.
- Call of Dutty, Mortal Combat, Fear 3, Farcry 4, Gta 5 e mais alguns. Pode escolher.
- Acho que Mortal Combat. - ela afirmou.
Começamos a jogar, percebi que ela é bem competitiva.
- Você não é nada como eu esperava. - falei.
- É mesmo? E o quê você esperava? - ela perguntou.
- Não sei, achava que você não era tão competitiva, sabe?
- Sei, a maioria dos caras se assustam comigo.
- Jura?
- Juro.
Rimos.
- Sei lá, acho que sou meio masculina para uma garota. - ela disse.
- Acho você perfeita. - afirmei.
Ela logo ficou vermelha.
- Sério? - ela perguntou.
- Uhum. - concordei
- Ah, obrigada.
- Denada.
Sorrimos.
Silêncio...
- Mas me conta, do que você gosta? - perguntei.
- Bem, adoro jogar basquete com meu irmão depois da aula e gosto pintar também.
- Você pinta o quê?
- Nada demais, só algumas caveiras e coisas desse tipo.
- Legal, um dia desses você pode me mostrar?
- Claro, é só ir lá em casa que te mostro.
- Ok.
- Mas e você? - ela perguntou.
- O quê?
- O que você gosta de fazer?
- Hm, gosto de tocar guitarra, cantar e, aliás, tenho uma banda.
- Que foda! Quando era menor meu sonho era ter uma banda.
- Acho que esse é o sonho de quase toda a criança.
- Verdade.
Rimos.
- Qual o nome dela? - ela perguntou.
- The Dark Side.
- Nome legal, quem escolheu?
- Foi por votação.
- Hm, e já participaram de algum concurso ou festival?
- Nós já nos apresentamos no show de talentos da minha escola.
- E como foi?
- Tiramos primeiro lugar.
- Você deve ser bom.
- Vivendo e aprendendo.
- Sempre.
- Mas, como tudo, tem suas desvantagens.
- Como o quê?
- Os fãns.
- Pelo o que eu saiba, ter fãns é uma coisa boa.
- E é sim, mas não as minhas.
- É? O que elas fizeram para você?
- Ta vendo esses gessos nas minhas pernas e no meu braço?
- Não me diga que foi...
- Sim, foram elas. - interrompi.
- Você deve ser bom mesmo para elas quebrarem seus ossos.
- Não sei.
- Uma hora vou querer ver a banda de vocês tocando. Posso?
- Vou pensar no seu caso.
- Ah...
- É brincadeira, claro que pode.
Rimos.
Olhei para o relógio e já eram 22:46.
- Está tarde, acho melhor você ir para sua casa. - falei.
- É. - ela concordou.
- Quer que eu vá junto com você?
- Obrigada mas não precisa, vai dar muito trabalho para você com essa cadeira de rodas.
- Tudo bem então.
- Te vejo amanhã?
- Ah, amanhã não dá.
- Por que?
- Tenho aula. Mas posso ver com minha mãe se consigo o resto da semana de folga.
- Ok, depois me fala.
- Pode deixar.
- Tchau, Tomas.
- Tchau, Laura.
Nos abraçamos e ela foi embora.

A vida e morte de TomasWo Geschichten leben. Entdecke jetzt