Dois anos depois do fim da V.I.L.E Júlia Argent não esperava que as coisas fossem desandar tanto.
Carmen Sandiego quase nunca era vista, mas Júlia a via de vez em quando observando a cidade de cima dos prédios. Uma sombra vermelha que se misturava...
•Leitor! Fique ciente antes de começar a história que ela possui conteúdo sexual, morte, violência entre outros assuntos!!! NÃO É PARA CRIANÇAS•
Júlia Argent.
Eu a vejo em meus sonhos inebriados. A imagem de seu rosto nunca é clara, exceto por seus olhos azuis cristalinos. Talvez seja a lua sob nós, mas seus olhos brilham iluminando a mata. Ela segura minha mão e corre. Seus longos cabelos negros açoitavam a mata. - Eu vou proteger você. - sua voz era um eco quase inaudível. Mas posso ouvir claramente o seu grito quando nossas mãos se soltam.
E então meus olhos se abrem. Desde que eu vim trabalhar em um museu anexado a uma empresa de historiadores da Irlanda, há um ano atrás, esse sonho se repete. Toda noite ele começa e acaba do mesmo jeito. Não conheço a garota em meus sonhos, não poder ver o seu rosto torna tudo mais difícil. Ainda enrolada nos cobertores eu caminho até a janela. A lua está cheia e bonita esta noite. Acho que não sou a única que se encanta facilmente pela beleza do céu nortuno. Percebo isso toda vez que vejo Carmen Sandiego observando a lua de cima do prédio. Nunca é o mesmo prédio, tem noites que não a vejo, mas hoje ela está tão perto. Bem no prédio a frente. Minha garganta coça para chamá-la. Mas como todas as vezes eu não a chamo.
Dessa vez ela olha para mim rapidamente antes de correr noite a dentro.
Não demora muito para sua silhueta vermelha sair do meu campo de visão. Fecho a janela logo em seguida, meu coração saltitando como se soubesse de algo que não sei. Como se quisesse me avisar de algo. Até o ar parece mais pesado.
E com essa sensação me deito, mas não durmo.
(6:30am)
*Despertador toca*
- Nem precisa se dar ao trabalho. Já estou acordada. - O desligo rapidamente. Não sei porque ele ainda fica ligado, sempre acordo no meio da madrugada e não consigo mais dormir.
Meu corpo se arrepia quando coloco os pés no chão. Frio. Calço minhas pantufas e corro para o banheiro. Lutando contra minha vontade tomo um banho de água gelada e começo a me aprontar para o trabalho.
Estou terminando de escovar os dentes pra sair quando meu celular começa a vibrar freneticamente.
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