Capítulo trinta e quatro

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Luke estava indo para o estacionamento do prédio Power quando recebeu a mensagem de Jenna dizendo mais uma vez que ficaria até mais tarde no trabalho. Luke sentiu vontade de socar Brian Mason por não se virar sozinho com sua falta de funcionários naquele dia. Jenna iria trabalhar doze horas seguidas! Aquele fodido era louco? A vontade de Luke era de buscá-la naquele minuto e mandar pessoalmente Brian Mason para o inferno!

Mas teve que se controlar. Aquele era o trabalho de Jenna. Ele não tinha como tirar aquele pensamento de posse sobre ela, já podia afirmar com toda segurança de que ela era dele, mas não era seu direito tirá-la do próprio trabalho e ir contra um pedido de seu chefe. A escolha era dela.

Luke forçou-se a responder sua mensagem dizendo que iria buscá-la às oito em ponto ou quando estivesse pronta e voltou para o apartamento.

Aquele dia estava mais longo do que ele gostaria. A ansiedade de tê-la novamente em seus braços não o abandonou nenhum minuto. Não pôde se concentrar nos arquivos da faculdade que tinha que revisar nem no relatório de monitoria que tinha que fazer ao reitor. Seus pensamentos não seguiam para outra direção que não fosse Jenna e tudo que tinha acontecido nas últimas vinte e quatro horas. Toda vez que se lembrava do que tinha acontecido naquela manhã, algo dentro dele se aquecia e um leve sorriso invadia seus lábios. O quão estúpido isso poderia parecer? Nunca tinha se sentido assim antes e o mais assustador era não querer que o sentimento acabasse.

Ele desistiu de mexer com o trabalho da faculdade por não conseguir se concentrar e decidiu ir cuidar de suas tarefas de casa, as quais tinha negligenciado desde que teve a estúpida ideia de se afastar de Jenna nas últimas semanas. Ele foi até o mercado fazer compras, lavou sua roupa suja, limpou o seu quarto e quando não tinha mais nada para fazer para o tempo passar mais rápido, resolveu correr um pouco na esteira. Precisava de alguma maneira liberar aquela adrenalina que pulsava em suas veias e mandar embora aquela ansiedade que enchia o seu peito para sua própria sanidade.

Embora tivesse deixado o pesado rock no último volume quase estourando os autofalantes enquanto treinava, seus pensamentos não silenciaram. Ele tentou entender o que sentia, se questionou se era isso mesmo que queria, tentou se preocupar com os medos que sempre o atormentavam desde que Jenna entrou na sua vida, lembrou-se da noite passada quando se descontrolou prensando-a contra a porta da sala e quase a machucou... Porra! Toda vez que se lembrava disso, ele sentia uma facada no estômago. A última coisa que desejava era que Jenna fosse vítima de seu temperamento difícil e de suas atitudes impulsivas. Ele sabia que tinha que fazer o possível para manter o controle perto dela, mas esse era o real problema: perto de Jenna seu controle evaporava. Ela fodia sua cabeça totalmente. E não só de um jeito bom. Jenna provocava dentro dele muitas sensações desconhecidas desde o dia em que ela pisou no apartamento pela primeira vez.

Merda! Luke odiava ficar preso à sentimentos confusos e pensamentos sobre Jenna e tudo o que ela era capaz de provocar dentro dele. Ele queria poder admitir que toda essa confusão na sua cabeça era movida apenas pela forte atração que tinha por ela, mas tudo ia muito além disso. Luke não sabia explicar exatamente o que acontecia ou como definir toda aquela torrente confusa em seu interior. Só sabia que se sentia como se ele precisasse de Jenna. Unicamente dela. Para continuar de pé, para respirar. Para viver.

Luke queria se sentir ridículo e rir alto por tais pensamentos, mas não conseguiu. Ele não poderia negar aqueles intensos sentimentos dos quais julgou serem impossíveis de possuir. Mesmo que fossem desconhecidos e lhe causasse certo receio, ele não queria deixar de senti-los.

De volta ao apartamento Luke ligou a televisão, assistiu um programa idiota de auditório por uma meia hora, ficou trocando de canal por mais algum tempo até que entediado foi até a cozinha pegar uma bebida na geladeira. Seu celular tocou dentro do bolso da calça e amaldiçoando mais uma vez ele pegou para desligar, pensando que fosse novamente Victoria. Ela tinha ligado a manhã inteira, insistido por toda tarde mesmo com Luke ignorando a chamada desde que o maldito celular começou a tocar mostrando o número dela na tela. Luke não queria lidar com Victoria no momento, sua cabeça estava cheia demais. Por isso respirou aliviado quando viu a foto de Jason na tela do celular.

Amor IrresistívelWhere stories live. Discover now