eighteen; armin arlert

06

𓏲  . EIGHTEEN . .៹♡
CAPÍTULO SEIS

(nome)

NUNCA PENSEI NA possibilidade de que Armin Arlert era interessado na Annie, nunca se passou pela minha cabeça.

Acho que é porque não penso nesse tipo de coisa, mas agora tenho que pensar né!? É desse jeito que eu devo ajudar Arlert.

No começo eu fiquei em choque confesso, foi tudo muito estranho e nunca imaginei aquele garoto pedindo algo assim para alguém, mas depois eu pensei e sabe... não é uma má ideia.

Annie anda meio estressada, se preocupando demais com as coisas ou com um certo alguém (no caso eu, infelizmente), mas e se ela conhecesse uma pessoa?

Alguém que fizesse ela relaxar e se distrair?

Eu acho que seria bom, então porque não?

Como eu ia começar com as "aulas particulares" somente amanhã, resolvi não me dar ao trabalho de ir para a próxima aula e quebrar a cabeça com alguma matéria.

Tenho que aproveitar o meu último dia sem me preocupar realmente com os estudos, quer saber? Vou pro clube de esgrima.

Coloco meu fone de ouvido e escolho escutar "Everybody Wants To Rule The World", eu simplesmente adoro meu gosto musical.

Ao entrar no clube vou logo em direção a salinha com os armários de cada integrante, quando abro a porta escuto um barulho estranho, como se algo tivesse caído.

Me aproximei e vi Eren, Eren totalmente paralisado na frente do MEU armário.

Com um refrigerante na mão.

Mas o que é isso?

— O que VOCÊ - apontei para o menino - tá fazendo aqui?

Ele arrumou sua postura e se aproximou falando:

— E- eu... ARMIN! Armin me pediu para te avisar que você poderia ir na casa dele amanhã depois da escola, aí ele poderia começar a te ajudar, e-estava mexendo no seu armário porque ia deixar um recado sobre isso já que imaginei que você estaria em sala de aula - nunca vi alguém falar tão rápido.

— Quase não consegui entender nada do que você disse mas tá bom. Só não entra assim de repente porque pode acabar dando merda pra você já que não é do clube de esgrima.

— Certo.

— Milagre você não ter retrucado alguma coisa, o que foi que te deu?

— Nada ué! Toma - me ofereceu o refrigerante.

Que coisa mais esquisita é essa?

— Não vou aceitar isso, vai que você tenha dado um jeito de colocar algum tipo de veneno aí dentro - falei fazendo uma careta, eu só estava brincando mas se bem que, quando se trata desse menino eu não colocaria minha não no fogo.

— Quer parar? Eu mudei.

— Claro que sim, mudou em menos de uma hora né? - disse em um tom debochado pegando o refrigerante da mão dele, tava com vontade de tomar algo refrescante mesmo.

— Na verdade eu não mudei, eu sou assim e tô mostrando agora - ele fez uma cara como se estivesse fazendo a coisa mais incrível do mundo, sendo "gentil".

Esse papo tá esquisito e ver Eren desse jeito me deixa levemente incomodada, porque normalmente eu gosto de implicar com as pessoas que eu sei que vão implicar de volta, mas dessa vez não tá funcionando.

— Ok Eren, obrigada pelo refrigerante e pelo recado, agora se manda.

— Posso ver você treinando?

— Que? Não!

— Porque? Eu não quero assistir a aula de matemática, já sou bom o suficiente - aposto que ele tá mentindo.

— Aí faz o que quiser tá bom? Agora dá licença que eu vou me trocar - me retirei da salinha sem paciência, ficar tempo demais perto desse menino tá me fazendo ficar mal pelo visto.

Troco de roupa e quando saio do banheiro vejo Eren em uma das arquibancadas com as duas mãos no queixo, apoiadas em suas pernas, instantaneamente reviro levemente os olhos,

— Não fica com calor com essas roupas? - ele pergunta.

— Um pouco, mas dá pra se acostumar.

Comecei a treinar alguns movimentos, estava bastante focada em participar da Competição Nacional mas sinceramente, me preocupei com a notícia de repetir de ano e parar de treinar esgrima no clube, já que ele nos ajuda bastante a participar de competições.

Depois de uns 15 minutos resolvi beber água, Eren ainda estava lá observando tudo por algum motivo.

— Essa sua espada não é meio pesada não?

— Tem cerca de umas 500 gramas, eu acho que me acostumei, quer segurar? - perguntei e o garoto balançou a cabeça como se quisesse.

Fui em direção a espada e entreguei a ele, que parecia muito concentrado no objeto.

— E essa máscara? Consegue respirar direitinho com ela?

— Caramba você faz muitas perguntas! Não quer logo experimentar?

— O uniforme de esgrima?

— É, porque não? Você parece bem interessado e com certeza deve ter algum que vista você. Vou procurar.