Camila Cabello, uma mulher de 35 anos, mãe de uma adolescente de 14 anos anos, Clarisse Cabello. Por ter engravidado nova, aos seus 20 anos, Camila acredita que não era mais digna de conquistar alguém e muito menos atraente por estar "velha".
Lauren...
Bom, se você está lendo Ritmo Ardente, provavelmente eu consegui terminar, ou pelo menos já escrevi metade. Mas, prometo que não vão se arrepender. <33
Quem veio do tik tok, saiba que amo vocês, e quem nn veio me siga lá e no twitter tbm que é o msm user @shecsbelloz.
Boa leitura.
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Hoje, ao olhar para minha vida, sinto como se tivesse sido ontem que descobri estar grávida aos 20 anos. A jornada foi repleta de altos e baixos, mas, agora, aos 35, enfrento um desafio que não esperava: a adolescência da minha filha, Clarisse. Ontem à noite, depois de uma briga intensa, me encontrei sentada no silêncio da sala, cercada pelas evidências do confronto. As palavras afiadas que trocamos ainda pairam no ar. Sinto-me perdida, incapaz de compreender totalmente o que aconteceu.
Clarisse está trancada em seu quarto, e a distância emocional entre nós parece intransponível. Recordo-me de quando ela era uma criança pequena, risonha e cheia de curiosidade. Agora, vejo uma jovem cheia de opiniões e desafios, uma versão que não consigo compreender completamente.
Sinto-me frustrada e impotente, questionando cada escolha que fiz como mãe. Será que fui muito rigorosa? Ou talvez não seja suficiente? As lágrimas escapam enquanto revisitam as palavras duras que foram trocadas, conscientes de que as feridas emocionais são muitas vezes mais profundas do que as físicas.
É difícil acreditar que aquela menina que eu balançava nos braços há alguns anos agora é uma adolescente cheia de conflitos. E, no calor da discussão, percebo que o verdadeiro problema talvez não seja a Clarisse, mas sim minha resistência a aceitar que ela está se tornando uma pessoa independente.
Decidi dar um passo de volta e respirar. Sei que preciso de tempo para processar minhas próprias emoções antes de tentar abordar uma situação novamente. A adolescência é um terreno desconhecido para mim, mas também é um momento desafiador para a Clarisse, que está tentando encontrar sua voz e identidade. Na manhã seguinte, decidi abordar as coisas de maneira diferente. Bato gentilmente na porta do quarto da Clarisse e, com cautela, expresso meu arrependimento pelas palavras ásperas. Ela relutantemente abre a porta, seus olhos mostrando vestígios da noite anterior.
– Veio brigar comigo denovo? – Seu olhar encontra seus pés. – Não estou interessada. – Ela tenta fechar a porta, mas seguro.
– Clari, vamos conversar. – Ela olha por alguns segundos e então abre passagem para que eu entre em seu quarto. – Filha. – Suspiro e me sento na cama e ela ao meu lado – Eu quero te pedir desculpas.
– Mãe, eu não tenho culpa dos seus problemas. – Seus olhos se enchem de lágrimas – Eu só queria que você me entendesse e que fosse... sabe, minha amiga. – Sua cabeça se abaixa e ás lágrimas escorrem em seu rosto.
