Capítulo 34

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Juniper's Point Of View.

Acordo soando, encharcada, a gola da caminha camiseta está me sufocando enquanto tento levantar da cama, eu não tenho ideia se eu consegui dormir mais do que duas horas, o que já era um baita progresso tendo em vista as tentativas anteriores, mesmo assim eu ainda levantava casada e com a boca seca.

Alcancei o copo do meu lado, estava vazio encaminhei até o banheiro tomando a água direto da torneira, deveria falar com Clarissa, fazia uma semana que eu não voltava para escola e as pessoas começavam a perguntar, com Kira era fácil de se falar, ela quase sempre me entendia, era quase irônico ela é eu termos ficado tão próximas assim.

Eu a via literalmente como minha irmãzinha, até nos encontramos durante alguns dias que eu fiquei fora da escola, eu levei um baita sermão por estar ignorando a Clara e eu merecia, Margo me entendia completamente o que era bizarro então eu não tive nem sequer uma mensagem dela.

Já Alex e Bay, bom eu tentei ignorar eles pelo máximo de tempo possível, mas não era possível já que Júpiter não fez nada além de me dar uma bronca e mandar eu para o quarto pelo resto da semana, me proibiu de trabalhar no bar e me forçou a tomar remédio para ansiedade, remédio de verdade o que foi uma droga.

Meu telefone toca e eu torço para ser Clara mas a tela mostra uma foto da Madson, reviro os olhos.

— Eu te ignorei por uma semana toda.

É um recorde.

O que precisa Mads?

Vou fazer uma festa de aniversário supresa para Lizzy, próximo fim de semana.

A Lizzy que pediu para não fazer uma festa supresa para ela?

Essa aí mesma, mas vai ser a fantasia, então tá tudo bem.

Eu sinto que não vai ficar tudo bem.

Lizzy anda meio estranha ultimamente parece que tá escondendo alguma coisa de mim.

E ela tá, de todo mundo inclusive ela, mas eu não vou dar spoiler dessa parte do livro por que ela precisava entender antes mesmo de alguém chegar nela e falar, era engraçado como cada um lidava com sua própria descoberta, Lizzy fingia que tava tudo bem e Clara negava até o túmulo culpando seu Deus pela própria rejeição, qual das duas eu ia ter que consolar mais? Eu não tinha ideia, mesmo assim era fofo saber que tinha duas pessoas em mim vida que recorreriam a mim em menos de uma semana talvez.

— Tá, eu não sei o que dizer Mads, a Lizzy não é muito se se abrir sabe?

— Bom comigo ela é.

— Então não tem por que se preocupar.

Certo. — Ela não parecia muito confiante.

— Posso levar alguém?

Claro.

Nos vemos em breve.

Tchau Junie.

Tchau Mads.

Fico encarando a tela do telefone quando a ligação se encerra, eu devia isso para Clara não podia deixar ela no escuro, eu fiz merda eu deveria resolver, ligo para seu contato, o telefone fica chamando pelo que parece uma eternidade, até finalmente me atender.

Patricinha.

— Alô? — Uma voz masculina fala do outro lado.

— Esse telefone não é da Clarissa?

Eros Where stories live. Discover now