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Hoje era dia de nosso Natal cá em casa.

Por tradição só abrimos os presentes dia 25 logo ao acordar.
Ainda colocamos os sapatinhos junto ao presépio no dia anterior antes de dormir.

As crianças foram as primeiras a acordar e correram escada abaixo até à sala onde estavam os presentes.

Na noite anterior depois deles adormecerem eu e Rodolffo trouxemos os presentes.

Também em conjunto tínhamos lido as cartinhas.

Carta da Madalena

Menino Jesus, como eu me porto sempre bem, desculpa, nem sempre, eu gostava de ter uma guitarra e um microfone, porque quando eu crescer eu vou ser cantora.

Depois quero um brinquedo qualquer para dar a um amiguinho.  Pode ser um para menina ou menino.

Prometo que me vou portar melhor

Madalena
    
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Carta do Gabriel

Menino Jesus, eu gostava de ter um telescópio para olhar o céu, ver as estrelas e ver a estrelinha da vó Marta.
Também queria um livro dos planetas.

Quero um presente para dar a uma amiguinha do parque.  Quando eu vou lá ela está sempre triste.

Se não puder ser tudo pode ser só o telescópio e o presente da amiga.

Gabriel

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Carta da Ana

Sempre quis uma família e Deus deu-me uma filha, dois netos lindos o agora um genro maravilhoso.
Não preciso de mais nada além de saúde para estar com eles.

Ana

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Carta de Rodolffo

Se for possível quero mais 2 filhos com esta maravilhosa esposa e muita saúde para os criar.

Rodolffo

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Carta de Juliette

Nos Natais passados presenteas-te-me com 2 filhos maravilhosos e uma mãe.   Este ano encontrei o pai deles e meu amor.  Não posso desejar nada mais que saúde para merecer tamanhos presentes, mas eu gosto de coisas, então,

- Podes dar-me qualquer coisinha para eu usar e lembrar deste ano maravilhoso.

Juliette

Eu e Rodolffo rimos com estes pedidos especialmente com o dele.

J - Mais 2 filhos?  Rodolffo,  estes ainda são pequenos.

R - São nada, amor!  Já estão bastante autónomos.  Não queres mais?

J - Talvez daqui a mais um ano.  Veremos.

Gabriel e Madalena queriam abrir os presentes imediatamente mas Ana não deixou.

A - Vão acordar os papás.  Abrimos todos juntos depois do café da manhã.

Os gémeos correram em direcção ao nosso quarto e saltaram para cima de nós.

- Mamã, papá, já é Natal.  Acordem, vamos abrir os presentes.

Eu e  Julj fingimos dormir para escutar a euforia deles.

Abrimos os olhos lentamente e a cena era bonita.  Oo quatro estávamos com pijamas iguais.

R - Calma meninos!  Deixem-nos acordar direito.

G - Vem mamã, tem muitos presentes lá no sapatinho.

Descemos,  demos um beijo à Ana de Bom Natal e como a mesa estava pronta fomos tomar café.

Tinha, rabanadas, bolo de frutos secos, sonhos, broinhas,  coscorões,  pão-de-ló, croissants, azevias e outras iguarias.

Foi difícil fazer as crianças comer, tal era a euforia.

- Quem não comer não abre os presentes, disse Rodolffo,  depois de ter ralhado um pouco com Madalena que teimava não ter fome.

- os cereais que estão na taça e a fruta são para comer tudo.  Só no final podem sair da mesa.

G - Anda lá Madalena.  Come lá isso rápido.   Eu já comi os cereais e estou a acabar a fruta.  Mamã, posso provar o pão-de-ló?

J - Podes sim.  Também queres Madalena?

M - Só um pedacinho pequeno.

Terminámos o café e lá fomos para a obra de rasgar papel, abrir embrulho.

As crianças receberam exactamente o que pediram e estavam radiantes.  Da Ana receberam um medalha com Nossa Senhora de Fátima e com a inscrição atrás.  Amor de vó.

Ana deu a mim e ao Rodolffo uma pulseira com uma aplicação de sol para ela e lua para ele.

Nos demos a Ana um colar de pérolas e ainda a promessa de nas próximas férias ir a Portugal para matar saudades.

Rodolffo deu a Juliette um vocher de um dia inteiro num SPA e deu um  igual a si próprio.

Por fim Juliette ofereceu a Rodolffo uma linda pasta de executivo em couro.  Agora que ele ia ter um outro cargo justificava.

Madalena não largava a guitarra e Gabriel já queria montar o telescópio.

R - Tens noção que temos que pôr a Madalena numa aula de música? 

J - Sim.  E vamos escolher com Gabriel uma actividade para ele fazer.

O resto da manhã foi só brincadeira e risota.  Almoçámos um delicioso perú, feito por Ana e Juliette e comemos alguns doces de sobremesa.   Arroz doce, aletria, pudim, lampreia de ovos, mousse de chocolate.

À tarde fomos até ao parque com os pequenos que levavam os presentes extra para doar.

Gabriel entregou o seu à amiguinha sózinha e Madalena a um rapazinho que por ali andava.

As outras mães questionaram o acto pois conheciam as crianças em causa e Juliette explicou que gostava de ensinar aos filhos que tudo só tem valor  se for partilhado.
Por isso mesmo os filhos escolheram um presente a menos para eles, para poder doar a outros.

Juliette e Rodolffo estavam sentados com Ana num banco onde podiam observar a alegria contagiante das crianças.

Os seus filhos irradiavam felicidade.

Lado lunar Where stories live. Discover now