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Ben havia pedido para que Lauren ficasse no bar durante a tarde, o local não funcionava o dia todo, mas ele nunca se negou a atender ninguém que bateu na porta pedindo por cerveja ou algo mais forte. Isso já era do Ben, da sua personalidade, que era totalmente diferente da de Lauren. A garota mantem a placa de "fechado" na porta porque ela não quer lidar com alguém que já perdeu tanto o controle da vida que precisa se alcoolizar bem no meio da tarde.

A garota separa as bebidas nas prateleiras fazendo uma nova distribuição, depois ela começa a organizar o balcão seguindo ideias do Pinterest, ela queria deixar tudo mais harmonioso já que não conseguiu tirar o nome de bordel do bar. Ela faz e refaz a arrumação até que ela volta para a primeira opção, realmente isso demandava muita atenção dela, tanta atenção que ela nem escutou quando a porta foi aberta, ele entrou e se sentou no balcão e ficou a encarando olhar o celular e a parte onde estava mexendo por longos minutos.

Ela se vira se dando por vencida e quando olha para o outro lado ela dá um pulo para trás e deixa seu celular cair, seu corpo todo se congela e o seu coração dispara tanto que ela achava que poderia estar tendo um infarto, a sua garganta seca por completo e as suas pupilas dilatam, imediatamente ela leva a mão ao peito como se quisesse constatar que estava tudo em ordem e estava.

— Você me assustou, Bill. — Ela se abaixa pegando o celular. — Merda! — Ela reclama ao ver a tela do aparelho quebrada pela queda.

— Quebrou muito? — Ele se ergue um pouco mais tentando ver a tela do aparelho, mas sem sucesso. — Foi mal, eu não queria te assustar.

— Da para usar ainda. — Ela fala olhando atentamente o trincado da tela e depois o guarda no bolso. — Ainda estamos fechados.

— Até para mim? — Ele a olha com decepção.

Lauren respira fundo e acaba pegando um copo e enche de whisky empurrando até a mão dele, ele sorri e começa a beber lentamente. — Você não me ligou.

Ela levanta o seu olhar e o encara tentando conter um sorriso. — Não tenho seu número. — Ela mente de forma cautelosa.

Bill sorri enquanto a borda do copo ainda estava em seus lábios. — Tem sim, mentirosa.

— Tenho? — Lauren apoia os cotovelos no balcão enquanto encarava ele bebendo, o rapaz concorda com a cabeça e a encara.

— Fiquei com o celular grudado na minha mão por três dias e sem sinal seu, tem noção disso? — Ele fala tentando parecer triste e sorri para a garota. — Muito cruel você, Lauren.

— Como vou te ligar se não tenho o seu número, Bill? — Ela se mantém firme na mentira, ele tomba a sua cabeça um pouco para o lado e cerra os olhos enquanto a encarava, ela levanta um pouco a sobrancelha como se esperasse alguma resposta, mas ele fica em silêncio. — Para que eu te mandaria mensagem? — Ela acaba cedendo.

— Podia perguntar se cheguei bem em casa. — Ele lança um sorriso irônico.

— E você chegou? — Ela se afasta do balcão.

Ele concorda com a cabeça. — Agora você me deve um favor, por ter sido uma amiga tão desnaturada. — Ele umedece os lábios e empurra o copo para ela para que ela o enchesse novamente.

— Que favor? — Ela pergunta sem o encarar.

— Primeiramente, você tem algum namorado? — Ele se estica para pegar o copo de bebida cheio. — Não quero te causar problemas se tiver.

Ela franze o cenho, encara o chão por três segundos e depois o encara. — Não tenho namorado. Por quê?

Ele balança o copo lentamente e encara o liquido dentro dele se mexer junto. — Tenho uma festa chata, com pessoas chatas e eu queria levar uma pessoa legal. — Ele a encara.

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