Sentimentos confusos

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Aziraphale decidiu convidar Maggie e Nina para jantarem com ele e Crowley, em um restaurante.

Maggie cumprimentou o casal:

- Aziraphale, Crowley, vocês estão incríveis esta noite!

Durante o jantar, as conversas fluíram naturalmente.

No final da noite, enquanto comiam sobremesas deliciosas, Aziraphale pegou sua taça para fazer um brinde.

- A todos nós, pela amizade que compartilhamos e pelo amor que encontramos. Que esta noite seja apenas o começo de muitos momentos juntos.

Todos ergueram suas taças em um brinde caloroso, celebrando a amizade.


***


Aziraphale e Crowley saíram do restaurante e caminharam pelas ruas, de mãos dadas. Eles estavam conversando quando, de repente, um grupo de jovens se aproximou. Os risos e comentários maldosos começaram quase imediatamente.

- Olha só esses dois! Que nojo!

- Esses caras não têm vergonha mesmo.

Aziraphale sentiu seu coração acelerar com cada palavra cruel, e seus olhos se encheram de lágrimas. Ele apertou a mão de Crowley com força, buscando conforto e apoio.

Crowley sentiu uma onda de raiva fervendo dentro dele. Queria revidar a situação. Tudo que ele conseguia lembrar era de sua própria família o demitindo do bar quando descobriram sobre sua sexualidade.

Aziraphale sussurrou para Crowley com firmeza:

- Ignora, Crowley. Eles não valem a pena.

Crowley tentou seguir o conselho de Aziraphale, mas não conseguia evitar a sensação de vulnerabilidade e a dor em seu peito. Eles continuaram a andar, tentando deixar aqueles comentários desagradáveis para trás.

Aziraphale e Crowley continuaram a caminhar, afastando-se daquele grupo.

Quando finalmente estavam em um local mais tranquilo, Aziraphale parou e se virou para Crowley. Seus olhos estavam cheios de tristeza, mas também de gratidão.

- Desculpe por aquilo, Crowley. Eu não queria que isso acontecesse.

Crowley o abraçou com carinho e sussurrou:

- Porque está se desculpando? Não tem nada para se desculpar, Aziraphale. Somos quem somos, aquelas pessoas só são um bando de idiotas. E já passei por situações difíceis por conta da minha sexualidade. Não foi a primeira vez.

Aziraphale se aconchegou nos braços de Crowley, sentindo-se seguro e protegido.

***

Após a situação que eles haviam passado, Crowley decidiu ir em um bar, à noite, encher a cara. O bar estava cheio de luzes coloridas e música alta. Crowley, com óculos escuros exagerados, fez seus movimentos desajeitados na pista de dança, tentando impressionar a todos ao
seu redor.

Quando chegou a vez de Crowley pegar o microfone e cantar "Sweet dreams", a plateia ficou em silêncio momentâneo, antecipando o que viria a seguir. Sua voz desafinada preenchia o ambiente, fazendo com que alguns risos se espalhassem pela multidão, e outros parecessem perplexos, tentando entender se aquilo era uma performance séria ou uma brincadeira elaborada.

Logo que ele chegou no bar, mandou mensagem convidando Aziraphale. Ele, ao entrar no bar, observava a cena com uma expressão de constrangimento. A cada nota desafinada, ele balançava a cabeça em descrição, murmurando consigo mesmo sobre as escolhas peculiares de Crowley.

Ao chamar Crowley para fora do palco, Aziraphale tentou conter o riso diante da excentricidade do namorado.

- Vamos, Crowley, acho que já mostrou seu talento o bastante por hoje.

No caminho para casa, as ruas ainda ecoavam com as risadas de Crowley. Aziraphale tentou manter a compostura enquanto ouvia as histórias exageradas sobre as aventuras da noite.

- Você precisa aprender a se controlar, Crowley. Não é saudável.- Repreendeu Aziraphale, recebendo um olhar de desdém misturado com diversão de Crowley.

Ao chegar na casa de Aziraphale, ele serviu uma xícara de chá para Crowley, que agora estava sentado no sofá, ainda rindo.

- Acho que você exagerou um pouco, não acha?- Provocou Aziraphale.

Crowley, entre risadas, respondeu:

- Talvez só um pouquinho. Mas valeu a pena, não valeu?- Aziraphale balançou a cabeça, rindo consigo mesmo. A noite, apesar de tumultuada, tornou-se uma história daquelas que eles ririam juntos no futuro, mesmo que na manhã seguinte houvesse uma discussão sobre os limites da diversão noturna.






***

Alguns dias depois, Crowley estava muito feliz. Ele havia sido chamado para fazer uma entrevista de emprego no bar e passou.

Enfim, ele poderia sair da livraria e ir trabalhar em algo que realmente gosta. E não precisaria de nenhuma ajuda de sua família.

***

À noite, enquanto ele se deitava na escuridão do seu quarto, Gabriel reviveu momentos de seus sentimentos conflitantes. Ele sabia que o que estava fazendo ao tentar sabotar o relacionamento de Aziraphale e Crowley estava errado, mas o ciúme e a inveja o consumiam. Era uma luta constante entre seu desejo de felicidade própria e sua lealdade à família.

Ele se perguntava se algum dia seria capaz de superar seus sentimentos não correspondidos por Crowley. Enquanto isso, seus momentos com Beelzebub no trabalho se tornavam cada vez mais significativos. As risadas compartilhadas, as conversas profundas e a sensação de ser compreendido como nunca antes mexiam com seu coração. Ele se questionava se esse sentimento poderia ser sua oportunidade de finalmente encontrar a felicidade que tanto ansiava.

Espero que tenham gostado. Agora falta pouco para a fanfic acabar.

A livraria- Ineffable husbandsWhere stories live. Discover now