[20] drawing my battle line

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Apesar da presença de Rumlow no jato, a volta para os Estados Unidos foi tranquila. Era evidente que o problema dele era apenas com os novatos, sua rivalidade com Pierre era justamente por defendê-los. Quando precisou abandonar sua missão pela metade, deixou que os outros quatro agentes ficassem para dar apoio — apenas os insubordinados partiram.

Quando se aproximavam das coordenadas do porta-aviões, o piloto anunciou que precisariam fazer um desvio, mas não souberam informar o motivo, deixando os comandantes apreensivos, embora Rumlow tivesse a impressão de que aquilo era exatamente o porquê de o Secretário tê-lo chamado.

Samantha dormiu a maior parte da viagem, já que não tinha conseguido fechar os olhos desde a notícia da captura do mentor. A mão de Frank em seu ombro a despertou assim que pousaram. Alheios às informações, estranharam quando saíram da nave para um aeroporto de cargas e não o da SHIELD, mas um carro já os aguardava, não dando tempo para muitas perguntas.

Foram levados até um esconderijo, aumentando ainda mais as suspeitas de que algo havia acontecido, porém, seu motorista não parecia ser da agência, então, preferiram manter silêncio até chegarem ao endereço.

O galpão aparentava ser uma oficina abandonada sob um viaduto nos arredores do aeroporto, mas, por dentro, era aconchegante o suficiente para não se sentirem de fato em um galpão abandonado. Um carro extra estava estacionado na parte interna, assim, se algum agente chegasse ao local e precisasse de uma fuga rápida, teria auxílio.

Enquanto Pierre caminhava até o veículo para sair e comprar alguma coisa para comerem, Francesco foi direto para a televisão, passando os canais até encontrar algo interessante, mas não fez muita diferença. Em poucos minutos, tanto ele quanto Samantha já estavam adormecidos no sofá.

Anton soltou um riso baixo com a cena, mas balançou sua cabeça e deixou um suspiro escapar, voltando a preencher seu relatório, estranhando a demora de qualquer contato da base. Quando Pierre chegou, tentou não fazer tanto barulho. Pôs seus hambúrgueres e os do amigo sobre a mesa, deixando os da dupla adormecida de lado. Deu a primeira mordida e suspirou, quase podendo sentir o cansaço lhe atingir. Já que foram expulsos da missão, gostaria de encerrá-la de uma vez.

— Alguma notícia? — perguntou e ergueu seu olhar para o alemão, que negou.

— Agora estou sem saber se nos deixaram em zona morta ou se algo está interrompendo as comunicações — comentou, mas a vinheta de um noticiário atraiu a atenção deles.

A transmissão do filme havia sido interrompida e um âncora logo assumiu a tela, mas o que reportou fez com que cada um cutucasse um novato. A legenda não era nada amistosa: "Ataque alienígena em Nova York".

Após denúncias de explosões e um terremoto de baixa escala Richter na região dos três estados pela manhã, agora a ilha de Manhattan é alvo de uma invasão extraterrestre — o homem anunciou. A dupla mais nova rapidamente se ajeitou no sofá e Francesco puxou o controle para aumentar o volume. — Há poucas semanas, o gênio Tony Stark inaugurou seu novo edifício em Nova York, mas, nesta tarde, um dispositivo foi ativado na cobertura, resultando no que parece uma passagem entre mundos.

Conforme ele lia o roteiro de informações obtidas, imagens feitas por cinegrafistas profissionais e amadores estampavam a tela, mostrando criaturas estranhas atacando os cidadãos, encurralando-os em estabelecimentos e destruindo os prédios com seus veículos voadores.

Samantha passou as mãos pelos cabelos antes de repousar o queixo sobre elas, inclinando o corpo para a frente, no entanto, os olhos se arregalaram ao notar um vulto preto de cabelos alaranjados em um dos vídeos.

— Puta merda — xingou, sentindo o coração acelerado, quase saltando pela boca.

O bilionário foi visto há poucos instantes com um grupo de pessoas fantasiadas tentando afastar tais criaturas da população.

heavydirtysoulWhere stories live. Discover now