chocolate

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"i want you

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"i want you. all of you. your flaws. your mistakes. your imperfections. i want you, and only you."

a recomendação de música para esse capítulo é "je te laisserai des mots"

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capítulo não revisado!

- do que você tem tanto medo? - pergunta, a voz da minha cabeça, ela era a personificação das coisas que mais me assombravam, ela tomava várias formas ao mesmo tempo.

- medo? eu não tenho medo de nada - respondi, já cansado de tantas perguntas.

eu sabia, sabia que aquilo era só mais um pesadelo, são trapaças, da minha mente que luta com si mesma a cada dia que se passa. eu queria, só por um momento, sair daquele limbo infernal que minha mente se colocava. era o mesmo pesadelo, as mesmas mentiras, o mesmo passado que era trazido à tona, as mesmas perturbações, tudo igual.

- são tantos que você não consegue contar nos seus próprios dedos, minho - ela diz com uma voz irônica, como se fosse propenso falar sobre aquilo.

eu tentei sair daquele sonho, tentei acordar mas foi em vão, eu estava novamente afundando em meio aquele vasto oceano. a sensação de estar ingerindo toda água que vê pela frente, como se mãos rasgassem tudo por dentro, como se seus pulmões fossem explodir a qualquer momento, toda a ansiedade te invade por que você não sabe nadar. o coração batendo desenfreado, a todo momento, ele não para por um segundo sequer, "você é um completo inútil até quando deve se salvar" é isso que minha mente continua repetindo.

- você deveria desistir, deixar seus medos te vencerem, você não tem força para lutar contra eles... - dizem, as vozes.

elas todas sussurravam e outras gritavam, algumas delas representavam minha calmaria e outras a minha euforia, as mais sombrias representavam meus medos que nunca me abandonaram. todas as vozes, todas essas personificações ficavam presas naquele limbo que não tinha saída e nem entrada, ele só existia, sempre esteve no fundo do meu âmago e foi crescendo junto comigo.

pare de pensar
pare de pensar
pare de pensar
para de pensar
pare de pensar
pare de pensar

e eu acordo, como se o ar não fosse suficiente, como se nada tivesse acontecido, como se eu não tivesse quase explodindo por dentro. a primeira coisa que eu penso em fazer é ligar para alguém e eu ligo para jisung, ele tem sido minha melhor escolha recentemente. o telefone toca, toca e toca, nenhum sinal de que ele iria atender, já na terceira chamada eu penso em checar o horário, são duas da manhã e era óbvio que ele não iria atender, mas ele atende, como se soubesse que eu realmente precisava de sua ajuda.

- minho? o que aconteceu? 'cê sabe que horas são? - pergunta com a voz rouca, ele parecia ter acabado de acordar.

- e-eu não quero te incomodar, eu só preciso urgentemente conversar com alguém - digo, não sabendo como parar de ofegar tanto.

𝗿𝗼𝗰𝗸 𝗯𝗼𝘁𝘁𝗼𝗺 | minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora