Capitulo 37

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“O Prisioneiro de Azkaban”

Naquela manhã, toda a família McNarmara estava reunida para mais um café da manhã

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Naquela manhã, toda a família McNarmara estava reunida para mais um café da manhã.

A cadeira vazia do outro lado da mesa, ainda era algo recente para se acostumar, assim como todas as outras mudanças que vieram junto com a morte da matriarca da família.

Para Violet, não ter sua mãe para protegê-la, era como se estivesse sob vigilância. Qualquer erro seu, geraria grandes consequências, tanto para ela, quanto para sua irmã mais nova.

— Está atrasada– resmungou Walter McNarmara, que para o alívio da loira, mantinha seus olhos vidrados no Profeta Diario.

— Desculpe — pediu ela em tom baixo, sentando-se.

Trocou um breve olhar com Norma, sua irmã mais nova, lhe cumprimentando.

Durante as férias, as duas mal se viam, menos quando eram colocadas de castigo por algum erro estupido cometido por elas.

Violet se concentrou apenas em saborear sua refeição. Não era tão deliciosa quanto os cafés da manhã de Hogwarts, mas para sua sorte, faltavam poucos dias para que mais um ano letivo começasse.

Ela não era uma pessoa com muito amigos, mas desde que entrara na escola, estar ali, era como viver em um mundo paralelo, onde não precisava ter medo de receber um cruccio apenas por respirar.

— Tudo bem, pai?– perguntou Norma, chamando a atenção do mais velho.

Ele mantinha sua expressão fria cotidiana, mas algo lhe parecia diferente, seu pai estava visivelmente incomodado com algo.

— Ele fugiu– murmurou o homem, dobrando seu jornal.

— Quem fugiu?– perguntou Violet.

Walter a encarou. Um olhar duro, analisando os traços de seu rosto. Todo aquele silêncio, fez com que a jovem molhasse seus lábios, visivelmente desconfortável.

— Sirius Black fugiu de Azkaban– respondeu ele friamente.

— O bruxo mais perigoso do mundo?– perguntou a loira – Aquele que traiu os amigos?

— Ele mesmo– disse o homem – Agora cale a boca, estou com dor de cabeça e quero comer em paz.

Violet baixou sua cabeça, se sentido envergonhada por ter sido repreendida na frente de sua irmã mais nova.

O café da manhã se seguiu silêncioso, apenas com a breve intromissão de Norma, para pedir que seu pai assinasse sua autorização para visitar Hogamead aquele ano.

Violet McNamara no entanto, estava distante. Seus pensamentos iam até uma figura atormentada, de um homem sanguinário que não tinha remorso algum em matar un inocente, e que agora, estava à solta.

§

A rua dos Alfeneiros era completamente diferente do que Sirius imaginava. Todas as casas pareciam estar com as luzes apagadas, talvez fosse pelo horário, já que nem mesmo a lua aparecia no céu naquela noite.

O cachorro de pelagem escura caminhou lentamente pela rua, até chegar próximo à uma casa cuja luzes ainda estavam  acesas.

Gritos exasperados foram ouvidos pelo bruxo, que alarmou-se ao ver a porta de entrada se abrir de maneira brusca.

Franziu o cenho, tentando identificar aquela figura gorducha, que estranhamente lhe parecia famíliar, assim como o garoto de cabelos pretos, pele clara e óculos redondos, que caminhava à passos pesados, arrastando um gigantesco malão com um emblema que ele facilmente reconheceu.

Era ele. E como estava tão grande... Era mesmo uma cópia perfeita de seu pai.

O animago não se incomodou em entender o que causava tanto alvoroço naquela casa trouxa, concentrando-se apenas em seguir aquele menino tão revoltado.

A pouca luminosidade daquela rua, lhe dava um esconderijo perfeito, as sombras.

O menino parecia perdido e enfurecido, parando próximo à um ponto de ônibus. Provavelmente nenhum passaria naquele horário.

Sirius estava animado, ele havia imaginado aquele momento tantas vezes, enquanto estava preso naquela cela fria e assustadora. E agora, tê-lo tão próximo de si, lhe deixava animado como à muito tempo não ficava.

Aquele parecia ser o momento perfeito para aproximar-se. Tomando um impulso de coragem, Sirius deu um passo à frente, assustando o garoto de cabelos revoltos.

Harry não conseguia ver o que se escondia atrás das sombras, sentindo-se levemente ameaçado, o bruxo agarrou sua varinha.

— Lumus — murmurou ele, agitando o objeto mágico.

Ele levantou a varinha acima da cabeça e as paredes incrustadas de seixos do numero 2, de repente, faiscaram; a porta da garagem reluziu e entre as duas Harry viu, com muita clareza, os contornos maciços de alguma coisa muito grande com olhos enormes e brilhantes.

Harry recuou. Suas pernas bateram no malão e ele tropeçou. A varinha voou de sua mão quando ele abriu os braços para amortecer a queda, e aterrissou com toda a força na sarjeta.

Sirius também havia recuado.

Não era o momento certo, aquele garoto estava assustado por estar sozinho no meio da rua. Uma abordagem repentina como aquela, não acabaria bem.

Ouviu-se um estampido ensurdecedor e Harrry ergueu as mãos para proteger os olhos da luz
repentina e ofuscante.

Com um grito, ele rolou para cima da calçada bem em tempo. Um segundo depois, dois faróis altos e dois gigantescos pneus pararam cantando exatamente no lugar em que Harry estivera caído.

Aproveitando aquele momento de distração, Sirius fez algo que não era de seu feitio.

Ele havia fugido.

Teria outra oportunidade para encontra-lo.

Se Harry tinha conhecimentos sobre o mundo mágico, com certeza iria para Hogwarts. E ele por sua vez, sabia exatamente como chegar à escola sem ser notado.

Harry, encarava o enorme ônibus azul, ainda tentando assimilar todas as coisas que estavam acontecendo a sua volta. Aquele tombo o havia deixado um pouco atordoado.

– Bem-vindo ao ônibus Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas
perdidos. Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser. Meu
nome é Stanislau Shunpike, Lalau, e serei seu condutor por esta noi...

Lalau parou abruptamente. Acabara de avistar Harry que continuava sentado no chão.

O menino recuperou a varinha e ficou de pé como pôde.

– Que é que você estava fazendo aqui? – perguntou Lalau, pondo de lado sua pose
profissional.

– Caí – respondeu Harry.

– E por que foi que você caiu? – caçoou Lalau.

– Não caí de propósito – respondeu Harry, incomodado. Uma perna de seu jeans se rasgara
e a mão que ele estendera para aliviar a queda estava sangrando.

De repente ele se lembrou por que caíra e se virou depressa para o lado para ver a passagem entre a garagem e a cerca.

Os faróis do Nôitibus agora a inundavam de luz e ela estava vazia.

– Que é que você está olhando? – perguntou Lalau.

– Havia uma coisa grande e escura – respondeu Harry, apontando hesitante para a abertura.

– Parecia um cachorro... mas enorme...

UM IDIOTA CHAMADO SIRIUS BLACK Where stories live. Discover now