— Já não mandei você parar de me encarar? — perguntou, bruta, andando até mim.
— Eu não consigo. — sussurrei contra minha vontade. Já era tarde demais quando percebi o que tinha acabado de falar e Clarisse já me encarava com a testa franzida. — Eu...eu não quis dizer isso. — gaguejei. — Hãã...porra. Não estou dizendo que você não é boa de se olhar, só quero deixar claro que eu te respei...
— Cala a boca! — disse com humor, para minha surpresa. — Não precisa ter medo de mim, Andrew. — falou em um tom baixo, se abaixando na frente da cadeira onde eu estava. Ela colocou seu peso nos joelhos e apoiou suas mãos em minha coxas.
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Porra, eu precisava ter medo de Clarisse. Eu precisava ter muito medo, porque ela é uma dessas mulheres que acaba com qualquer cara.
— Clarisse... — sussurrei em tom de reprovação após sentir sua mão direita se mover sobre minha coxa.
— O que foi, Drew? — falou com uma voz mansa, olhando em meus olhos. Desgraçada! Ela acha que vai me pegar! Mal sabe ela que já me pegou tem um tempinho.
Aproximei meu rosto lentamente do seu. Era como se eu não conseguisse mais me controlar, mas mesmo assim eu esperei que os seus lábios tocassem os meus.
Foi sutil, tão leve que eu quase não senti seus lábios nos meus. Quando nos unimos novamente, coloquei minha mão em sua nuca, puxando Clarisse em minha direção. Eu queria ela mais perto.
Senti sua língua invadindo minha boca enquanto nós dois ficávamos em pé novamente. Uma de suas mãos passou de leve por meu peitoral antes de tocar minha barriga por baixo da camiseta.
Quando senti que ela estava preparada para outro beijo e estava vindo em minha direção, me afastei.
— Você tá bêbada, Clare. — sussurrei.
— E quem liga? — respondeu, se aproximando novamente.
— Eu ligo, Clarisse! — me afastei novamente, tirando sua mão de dentro de minha camiseta com cuidado. — Não sou um tarado que te traz para casa apenas pra transar com você.
— Mas eu quero, Drew! Estou dizendo que quero transar com você! — falou. — E você parece querer também... — sussurrou, olhando para o volume em minha calça.
— Você não quer, Clare. — coloque a palma de minha mão em sua bochecha, mas não demorou muito para que Clarisse tirasse minha mão.
— Eu sei o que eu quero, Andrew. — resmungou, com a testa franzida. — Quero esquecer tudo.
— Não sou tapa-buraco, Clarisse. — falei, ríspido.
— Então, vaza! — gritou, se afastando.
— Como é? — perguntei, pasmo.
— Eu não quero um príncipe encantado, Andrew! — falou como se fosse óbvio. — Eu nem conheço você!
— E é exatamente por este motivo que você não deveria transar comigo!
— Você que insistiu pra ficar! — gritou, se afastando.
— Por que eu não queria que alguém te estrangulasse durante a noite. — falei, gesticulando com as mãos. — Não que isso não seja tentador... — sussurrei.
— O que você disse? — gritou.
— Para de gritar, sua maluca! — gritei em resposta.
— Eu não estou gritando. — resmungou. Clarisse veio em minha direção e me empurrou lentamente na direção da porta. — Sai daqui!
— Sua pirada! — foi a última coisa que falei antes que Clarisse fechasse a porta na minha cara.
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