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         "esperança"

ㅤ Anny POV:

  Resmungo levando minha mão a minha cabeça, sentindo uma dor, não muito forte, pisquei os olhos tentando me acostumar com a claridade...

  Espera aí, claridade?!

   levantei rápido ignorando a dor em minha cabeça e olhei ao redor, tinha amanhecido e eu dormi na floresta, peguei uma pedra e joguei contra a árvore com muita raiva.

__ Maldita árvore!__ falei olhando para a árvore, como se ela pudesse me ouvir__ desculpa mãe natureza __ Suspirei e olhei ao redor minha mochila estava um pouco mais a frente, peguei ela e tirei uma banana de dentro, e comemorei feliz, pelo menos nem um esquilo roubou minha comida.

ㅤEnquanto caminhava pela floresta ficava admirando tudo, minha cabeça ainda doía mas nada que eu não aguentasse, não sangrou mas ficou um galo horrível na minha testa, comecei a escutar som de água, corri um pouco e vi que era uma pequena rio, olhei para o outro lado do rio e vi um arbusto cheio de mirtilos, comecei a dar pulinhos feliz.

__ o que pode dá errado se eu atravessar para o outro lado? __ perguntei para mim mesma sorrindo e deixei minha mochila no chão e tirei meus sapatos e segurei nas minhas mãos e entrei no rio

  Me arrependi no mesmo momento a correnteza estava muito forte, eu era uma ótima nadadora mas isso é sacanagem, me segurei em uma pedra e resmunguei quando ralei meu dedo nela, tomei impulso e me joguei para o outro lado do rio.

__ Que droga!__ falei frustada olhando para minha mochila do outro lado do rio__ como eu posso ser tão burra?! Mãe natureza a senhora me odeia! Primeiro colocou a porra de uma árvore no meu caminho e agora um rio!__ gritei com raiva e me levantei coloquei meus cabelos molhados para trás, e choraminguei olhando minha mochila lá se vai meu almoço.

  Suspirei e peguei um pouco dos mirtilos e continuei andando, descalça e com fome.

  Pela posição do sol eu deduzi ser meio dia, minha barriga roncava de fome, não sei quantas vezes eu me xinguei de burra, mas não parava de andar, não sabia para onde estava indo mas continuei andando para o norte, parecia uma idiotice mas algo me dizia que lá era promissor.

ㅤEu já estava sem esperança, quando vi uma casa grande de madeira, me aproximei mais, a casa ou chalé era enorme de 4 andares, a cor marrom entre as árvores deixava ela escondida, nunca vi uma casa tão grande eu pensei, andei até a porta e bati.

__ Olá! Alguém pode me ajudar?!__ falei alto batendo na porta mas ninguém atendia__ eu estou perdida!__ falei mais uma vez e suspirei apoiei minhas mãos nos joelhos e olhei ao redor, vi que um dos galhos da árvore ia até um das varandas.

ㅤComecei a subir a árvore e me segurei no galho mais fino, obrigada Deus por eu ser magra ou eu estaria no chão igual purê de batata pensei, segurei na borda da varanda e pulei um pouco e respirei fundo.

__ faz tempo que eu não faço isso__ falei sorrindo orgulhosa e olhei para a grande janela da varanda que estava aberta__ minha sorte! Por favor mãe natureza que os donos dessa casa seja bonzinhos__ falei enquanto empurrava o vidro da janela e entrei em um quarto enorme.

   Era o maior quarto que eu já vi, uma cama de casal grande no centro com lençóis pretos, deixava uma vibe bem masculina, observei o quarto e vi um armário grande cheios de troféus, me aproximei para olhar, da uma espiadinha não mata né? Pensei.

__Nicolas Di Angelo, segunda vez campeão de surf__ li o que estava escrito em uma placa que eu deduzi ser de ouro, estava na porta do armário de vidro.

ㅤFiquei olhando as medalhas e troféus no armário, mas não coloquei minhas mãos vai que tem alarme sou nem doida, na verdade doida eu sou mas não me julguem, continuei olhando o quarto esse Nicolas gosta de preto e de guitarra, ao lado do armário de troféus tem 5 guitarras, também vi vários livros e quadros de dois homens.

ㅤSai do quarto e desci com cuidado a escada, olhai surpresa para o chão e percebi que era um grande piano, cada passo que eu dava era uma nota diferente, a pessoa que fez isso é um gênio pensei, olhei para a grande sala com dois sofás grande pretos, uma tv enorme, meu sonho, choraminguei olhando para tv, mas continuei olhando, o teto tinha alguns desenhos que eu não sabia o que era, e uma lâmpada do formato de árvore, as raízes que no caso é a lâmpada ia do teto até às paredes.

   A casa era moderna mas tinha algumas coisas antigas, como um relógio grande que ficava fazendo tik tak, para mim era um barulho relaxante.

    Entrei no que se parece uma cozinhaz meu estômago se manifestou estou a algumas horas sem comer, santa mãe natureza me perdoe pelo que eu vou fazer, pensei e comecei a abrir os armários, encontrei várias biscoitos e abri um e comecei a comer, abri a geladeira e tinha muita coisa ali, peguei uma garrafa de leite e comecei a tomar, na bancada da cozinha tinha um bolo peguei a faca e tirei um pedaço.

__Hum, que fome!__ falei de boca cheia enquanto comia o bolo, tenho a sensação de que esse bolo era importante para alguém, mas afastei esses pensamentos e continuei comendo.

ㅤMe sentei na cama do quarto do cara que se chama Nicolas e fiquei olhando para janela, será que eu devo ir embora? Me perguntei, olhai para cama e passei minhas mãos nos lençóis macios e choraminguei, eu estava tão cansada, tirar um cochilo rápido não vai fazer mal a ninguém, pensei e me deitei no meio da cama e logo apaguei...

Continua...

A HERDEIRA PERDIDA [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora