O Amor Que Se Renova

Capitulo Unico

Essa fanfic surgiu depois de um total desvaneio por parte desta autora as 10:42 da manhã de uma terça feira, no banheiro do serviço enquanto relia o comentário de ontem do Amaury no post do Diego. A acabei no mesmo dia, então se tiver algum erro, me avisem

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Sentado na última cadeira do teatro, na última fila, com um boné escondendo seu rosto em um disfarce, Diego encarava Amaury no palco, e ele o encarava de volta.

Por coincidência do destino, fazia, naquela data, 6 anos desde o fim da novela. A novela que mudara o destino de suas vidas e de suas carreiras. E claro, de sua trajetória amorosa.

6 anos atrás, as coisas eram diferentes. O encontro de almas era palpável e Diego já estava acostumado com há presença de Amaury, com quem conviveu por mais de ano.

Durante esse ano, muitos sentimentos afloraram durante as inúmeras diurnas, noturnas, presenças vips, shows, stories e até mesmo a parada LGBTQIAP+ em que foram coroados reie e reie.

As inúmeras trocas de comentários afetuosas na internet, a declaração que postaram um ao outro no término das gravações, tudo era uma lembrança vivida ainda em suas memórias e principalmente na memória do ruivo, que volta e meia via-se entrando em páginas de fã-clube e revendo os vídeos, sorrindo como um bobo e com o coração apertado pelas memórias que aquilo lhe trazia.

Não se afastaram de imediato. Mantiveram os comentários fofos em redes sociais, periodicamente. Sempre se elogiavam a cada trabalho e, até mesmo fizeram mais algumas campanhas e presença VIPs juntos.

Mas 15 dias após ir ao ar o último capítulo, Amaury começou a rodar o Brasil com seu espetáculo, que à época era A Luta, e Diego voltou para São Paulo, onde sua vida era estável.

Viu Amaury ganhar um papel de protagonista na Globo, novela que acompanhava de forma sagrada, gravando até mesmo alguns stories, e recebia o carinho de volta em cada novo filme que lançava nos serviços de streaming.

O viu em alguns shows especiais, o qual o amigo fora de convidado especial. Compareceu à todas as estreais de novas peças de Amaury, assim como à estreia do filme que o mesmo estrelou, para o cinema nacional.

Mas desde aquela noite, do dia 01/02/2024, nunca mais tiveram um momento a sós.

Diego se curva para frente na cadeira, passando as mãos pela barba ruiva, agora grande, que ostentava.

Amaury, a essa altura, já estava atendendo alguns fãs, tendo perdido o olhar de Diego. As lembranças eram vividas de mais para que o ruivo não ostentasse um sorriso nostálgico, embora sofrido em seu rosto.

Na noite em que Diego iria embora, e na última noite que Amaury apresentaria seu espetáculo no Rio antes de ir pra turnê, em uma coragem repentina, Diego o esperou no hall de seu apartamento. Entraram, em silêncio, e quando o maior fechou a porta atrás de si, o pequeno se aproximou, aconchegando-se nos braços que tanto sentia falta.

Ficaram ali, abraçados, um turbilhão de sentimentos jamais falados gritando em seus corações. Palavras não eram necessárias, eles se entendiam no olhar.

Àquela noite, Amaury segurou o rosto de Diego por entre suas mãos e o beijou. Ali, um beijo repleto de carinho, afeto e dor. Dor pelo amor não vivido e dor por amar tanto aquele pequeno que agora tinham em seus braços. Ao se separarem, os olhos de ambos estavam mergulhados um no outro.

Nos olhos de Diego, que lhe lembravam uma serra com cachoeira em um outono com suas folhas secas, Amaury via os brilhos de uma paixão que já era tarde demais para ser vivida.