Third Of December | Pjm + Jjk

Capítulo Único

~ Boa leitura, docinhos 🌲

...

Eu ainda me lembro daquela época. Em que, no frio de dezembro, enquanto a neve caía a nossa volta, você me dava o seu suéter, para que eu me aquecesse.

Nunca vou me esquecer daquele dia. Você disse que ficava um pouco grande, porém melhor, em mim. Que a cor combinava comigo. Assim como você. E nós sorrimos. E concordamos.

Eu nunca achei que esses dias chegariam ao fim.

Hoje, caminhando pela mesma praça, usando aquele suéter, eu tive um dejá vù, ao te ver de longe.

Com ele.

Aquele ômega dos cabelos escuros.

Ele é bonito, sim.

Quando você o olha, é como se fosse um colírio para os olhos.

E como eu poderia odia-lo? Ele parece um anjo.

Liguei meu celular para ver as horas. E me deparei.

Três de dezembro.

E você estava lá, naquele local.

Suspirei.

Era a mesma data.

O mesmo lugar.

O mesmo clima.

E a cena se repetiu.

Você, cuidadosamente, tirou seu suéter. E, com ainda mais cuidado, ajudou-o a vesti-lo. Ele sorriu para você. E você sorriu de volta.

E então me viu.

Virei as costas e saí dali andando calmamente.

Porque você me escolheria para ficar?

Ele foi sua melhor opção.

De que adianta ter o seu suéter, se não tenho o seu amor?

Era para ser algo nosso, mas você o tornou algo para ele também.

Você deu seu suéter para ele.

É apenas poliéster.

Mas você gosta mais dele.

E eu não queria ser ele.

Porque agora sei quem você é.

Eu tenho pena dele.

[ Um ano depois... ]

Saí do expediente e andei pelas ruas com tamanha calma incompreensível.

Caminhei pelas calçadas em busca da cafeteria, e entrei sabendo em qual mesa deveria esperar por ele.

Fiz o pedido no balcão e me sentei na mesa da janela para esperar que fosse entregue. Passei alguns minutos ali, até que ouvi o sino da porta. Por reflexo, olhei.

E ele estava ali.

Wonho, o alfa que um dia foi alguém que amei.

Assim que seus olhos curiosos me acharam, me encarou até que eu desviasse o olhar para a janela. Quando olhei de novo, Wonho estava no balcão.

Melhor assim.

E então, sinto a aproximação. Ele me olha como se me pedisse algo, e de fato estava pedindo.

— Jimin... Posso me sentar? — pergunta baixo. Tão baixo que quase não escuto. Por segundos, penso que pudesse estar com medo. Mas não tem sentido.

— Sente-se. — tomei um gole do frapuccino e olhei de novo para fora.

— Algo interessante lá? — ele sorri, ou tenta.