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yuna é uma canadense que é mandada a tokyo pela sua mãe pra morar com o pai, uma forma de tirá-la de problemas com corridas no país. isso daria certo mesmo?
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TALVEZ OS DIAS tenham passado rápido demais, ou eu tenho dormido demais, mas já era sexta feira de novo. hoje eu me sentia otimista, como sempre.
mas eu já imaginava o que aconteceria no final da corrida, yeonjun e yeji discutiriam na garagem, todo mundo embalaria na confusão e eu ficaria sobrando.
me arrumei, peguei minha carteira e já na porta coloquei meu vans.
— onde vai? — perguntou beomgyu
— comprar besteira
ele riu e falou alguma coisa, mas eu já estava longe o suficiente pra não ouvir.
na semana que se passou, eu não consegui parar de pensar na princesinha que eu descobri o nome: yuna.
eu, como bom desconfiado, acabei indo pesquisar tudo sobre ela, desde redes socias à passagens na policia.
yuna veio do canadá, acredito que tenha vivido lá a vida inteira, ele tem dois amigos, juan deltún e kylie davis. juan é da colômbia e kylie é de lá mesmo.
yuna nunca teve passagem pela policia, mas juan sim, e ainda está cumprindo pena por racha. coincidentemente, com menos de 1 mês de sua apreensão, yuna chegou aqui, parecia bem suspeito pra mim, ao menos.
enquanto estava imerso no que tinha conseguido nas pesquisas sobre yuna, senti meu corpo se chocar contra algo, ou melhor, alguém.
— oh, me desculpa, eu não..
parei de falar de imediato quando enxerguei com quem estava falando, dei dois passos pra trás, atordoado. era ela.
a menina que me fez passar anos deprimido e me remoendo por um amor perdido, talvez.
— kai! quanto tempo, como você está? pintou o cabelo, parece mais maduro agora! — as suas palavras faziam um eco gigante dentro de mim. — hueningkai, está aí?
— ah, oi wonyoung. eu estou bem, e você? — essa era uma das maiores mentiras que já contei, eu não estava nada bem.
eu visitei diversas boates japonesas nos últimos 7 meses, eu cheguei tarde e já não faço ideia de quantas ressacas tive, meu fígado pede arrego até hoje.
tudo isso porque não consegui superar um amor fútil e superficial.
— então, quer dar uma volta? eu não tenho nada pra fazer mesmo. podemos ir num restaurante coreano, você sempre gostou. — ela sorriu e fiquei encantado como continuava a mesma, não tinha mudado nada, nem a cor do cabelo. ao contrário de mim.
— ah, won..young, me desculpa, mas eu estou atrasado pra um compromisso, sabe, é muito importante. — dei um sorriso pequeno — eh, eu já vou indo.. tá? tchau, nos vemos por aí. — e saí dali pra conveniência de yuna o mais rápido que conseguia.
uau, hueningkai, você é um desastre.
bufei quando entrei, mas senti uma calmaria enorme dentro do lugar e relaxei um pouco.
— eu nunca quis tanto deixar de trabalhar como eu tô agora, hoser! — dei um sorrisinho cínico com a fala da menina.
— você sabe, hoje não é um bom dia pra mim, então acho melhor não encher meu saco, princesinha.
— aí meu deus, o centro do mundo está de mau humor então não posso falar com ele. — a encarei duramente — compre logo o que tem que comprar, huening! — me surpreendi.
quem foi o idiota que disse o meu nome pra ela?
não disse nada e peguei algumas latinhas de red bull e alguns salgadinhos.
— não achei que era o tipo que gosta de wasabi — me olhou indignada
— não gosto, não é pra mim. — ela resmungou
— ficou 2000 ienes. — dei o dinheiro e mais 20 ienes pra ela, que me olhou feio — é pelo bom atendimento, princesinha.
— obrigada pela preferência — disse contra sua vontade. peguei a sacola e fui saindo.
— de nada, yuna — sorri já na porta, antes de sair pude ver sua cara desacreditada que eu sabia seu nome.
