𝗝𝗮𝗶𝗺𝗲 𝗜

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❝ ───── Sempre ouvi e contei histórias sobre cavaleiros. Nos meus sonhos, eu os idealizei como seres inalcançáveis, figuras de fantasia que sempre admirei. Mas é uma pena que a realidade nos mostre que eles estão tão próximos do chão quanto qualquer um.❞ – Alys Snow, carta dois

O extremo Norte era implacavelmente gélido, uma terra inóspita que nenhum ser humano civilizado poderia considerar como lar

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O extremo Norte era implacavelmente gélido, uma terra inóspita que nenhum ser humano civilizado poderia considerar como lar. Talvez fosse o frio rigoroso que tornasse os nortenhos indivíduos obstinados, arrancando-lhes qualquer traço de paixão e, de forma quase literal, tornando-os tão frios quanto as temperaturas que enfrentavam. Por um breve momento, ele permitiu-se sentir compaixão por aqueles que viviam naquele território tão hostil.

Da janela de seu aposento em Winterfell, contemplava a vastidão branca que se estendia até onde a vista alcançava, um cenário dominado por campos nevados e árvores desfolhadas. A paleta de cores limitava-se a tons de branco e marrom, com a única nota vibrante sendo o fogo crepitante na lareira, cujo calor o protegia do congelamento lá fora.

Se não fosse por Cersei, ele não teria motivo para estar ali. Na verdade, ao refletir sobre isso, percebeu que não teria a vida que tem hoje se não fosse por ela. Todas as suas decisões foram tomadas para permanecer ao seu lado. Até mesmo tornar-se um Guarda Real foi, em parte, uma escolha motivada por ela. E, na maior parte do tempo, valia a pena.

Enquanto o fogo na lareira lutava contra o frio do lado de fora, ele suspirou. A fumaça borrando a visão através do vidro da janela. Em Winterfell, não podiam se dar ao luxo de correr riscos; estavam em terras inimigas, e qualquer erro poderia comprometer tudo. Já tinha sido uma tortura ter que suportar as festividades de ontem, enquanto o rei se afogava nos seios de todas as criadas, bem na frente de sua rainha. Ele poderia tê-lo matado se Cersei tivesse pedido. Em vez disso, preferiu sair do local abafado, que cheirava a bebida e tinha olhares que o seguiam por todos os lados.

Ao virar os calcanhares, foi interrompido pela súbita abertura da porta de seu quarto, revelando a presença de seu irmão mais novo. O cheiro de vinho e cerveja era habitual após uma festa, mas o acentuado odor de estrume de cavalo era novo.

— Pelos Sete, você fede demais! — murmurou, franzindo o nariz enquanto pegava sua túnica vermelha sobre o baú. — Deveria ter tomado um banho antes de me ver, irmão.

Tyrion apenas fez um gesto desgostoso, sentando-se na poltrona aveludada perto da lareira, com mais uma taça de vinho em mãos, que Jaime não saberia de onde ele havia tirado.

— Acho que o lugar onde estamos não facilita isso, a menos que você queira que seu irmãozinho congele ao tomar banho.

— Se deixar a lareira acesa, talvez suas bolas não congelem — murmurou Jaime.

— Ah, vou me lembrar disso. As prostitutas chorariam da Muralha até Dorne se isso acontecesse — disse, rindo, enquanto o mais velho revirava os olhos. — Você não ficou muito na festa.

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⏰ Última atualização: Oct 14 ⏰

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𝐁𝐋𝐈𝐙𝐙𝐀𝐑𝐃| Jɑime LɑnnisterOnde histórias criam vida. Descubra agora