"Qual o sabor do amor que fica?"

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Tantos, tantos implacáveis momentos, momentos reais, que hoje são
inexistentes.
São tantos, tantos momentos inesquecíveis, inigualáveis e imperfeitos.
Momentos esses que tinham tudo para serem eternos, e hoje
esvaem-se com a poeira que é levada pelo vento.
"- Qual meu destino? Meu real destino? Encontro-me perdida! Será que
esta vida me é um castigo? Uma maldição? Como finda-lo? Como
quebra-la? Como? COMO?"
Como pôr fim neste gosto amargo e impertinente presente na minha
boca e também na minha vida... Como? Como devo dizer, como contar
o que tenho passado nesse meu passado exausto e cheio de
cicatrizes? Como?
Meu espírito grita pedindo tantas repostas. Encontra-se tão perdido
neste labirinto de interrogações, nesse poço de porquês e similares.
Minhalma sangra, como nunca havia sangrado antes, e em mim só
nascem coágulos e coágulos, em meio as alergias, a cravos e espinhas,
constante erupção, tempestades, furacão, tornados, meu fardo, minha
bagunça, meu turbilhão de emoções... Meu ser constantemente
chuvoso, esbanjando sorrisos soltos em cotejo e alinhamento a
destruição, nessa minha terrível falta de ação, do meu pouco falar,
desse maldito gênio de sempre desconfiar, sempre... E em nada confiar,
causando uma lenta e dolorosa autodestruição. Nessa minha lenta e
dolorosa descoberta de mim mesma!

Delírios Da MadrugadaWhere stories live. Discover now