Capítulo 16°

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Ares

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Estou na frente da casa de Elisa esperando a mesma aparecer. Finalmente estava com a minha mente em paz por ter resolvido os assuntos na Rússia. Para falar bem a verdade a minha vontade era botar aquela fortaleza de cabeça para baixo, só não fiz porque sei que não era isso que ela iria querer. Antony é um cara esperto, ele não vai ter peito ou coragem para colocar os pés na Grécia novamente... Então por hora, está tudo bem.

Meus pensamentos se dissipam assim que a figura de Elisa aparece saindo de sua casa. Ela estava com um vestido branco com flores azuis que a deixava mais delicada e graciosa, seus cabelos negros soltos lhe dava um ar de empoderamento... A cada passo que ela dá se aproximando do carro meu coração acelera. Nunca pensei estar dessa forma por causa de uma mulher... Céus ela é tão incrível. Abro a porta do carro sem sair do meu lugar, ela entra e me olha com um sorriso.

- Onde iremos? - pergunta entusiasmada.

- Se você aceitar queria preparar um prato pra você. - digo e ela me olha surpresa.

- Ares Aahbran ira mostras seus dotes culinários para mim?

- Tentarei. - digo sorrindo por causa de seu sorriso contagiante.

(...)

- Por que você tem um apartamento, mesmo não usando ele? - Elisa pergunta do balcão enquanto eu preparava o jantar na cozinha.

- Na verdade eu uso. Quando quero ficar sozinho ou quando Apolo me irrita a ponto de eu não conseguir ficar sob o mesmo teto que ele. - digo e ela ri.

- Sabe eu andei estudando um pouco sobre a mitologia e... Nossa a sua família é incrível. - ela diz imersa nos seus pensamentos. - Você se lembra de como era quando estava no Olimpo?

- Não, não me lembro de nada... Nem de minhas vidas passada sendo reencarnado. Por mais que eu tenha reencarnado três vezes. - digo e ela se surpreende.

- E como você sabe?

- Temos registros familiares... Essa vida é a primeira de Apolo, ele é o único da família que está reencarnado pela primeira vez e o único que se lembra do Olimpo, na verdade ele fala que é só fragmentos.

- Pra uma simples humana como eu, isso soa muito com uma história de fantasia. - ela diz e então é a minha vez de rir.

- Uma história de fantasia bem real.

- E qual é o motivo de tudo isso? De vocês estarem aqui.

- Acreditamos que era algum tipo de maldição jogada nos Aahbran, porém meu pai tem uma possível teoria que pode estar tudo ligado ao Apolo. Ele é o único que se lembra de algo, mesmo sendo fragmentos e o seu poder para uma reencarnação é muito forte, sem contar que é a primeira vez dele. - digo pensativo.

- Uau.

(...)

Termino de arrumar o prato e levo para mesa, Elisa olha com os olhos brilhando assim que coloco o prato em sua frente.

- Nossa parece estar ótimo. - ela diz empolgada.

- Prova, espero que esteja do seu agrado. - falo e fico na espectativa assim que ela coloca a primeira garfada na boca.

A mesma me olha com os olhos arregalados e depois fecha os olhos fazendo suspense.

- Literalmente comida prepada por um deus... Céus. - ela diz ainda com os olhos fechados me fazendo rir. - Isso tá maravilhoso Ares. - ela diz e então me olha. - Você poderia cozinhar para mim pro resto da vida? - ao terminar aquela frase dou o meu melhor sorriso travesso.

- Isso por acaso é uma proposta de casamento? - pergunto e ela engasga e eu tento não rir da sua expressão de espanto. A mesma coloca a taça de vinho na boca. - Porque se for eu iria adorar cozinhar pra você Elisa Ritter. - digo e ela trava com a taça em sua boca me encarando.

De certa forma eu gostei de poder provoca-la, porém isso não quer dizer que eu estava falando na brincadeira.

- Você é incrivelmente intenso. - ela diz e toma um gole de seu vinho.

- Falou a senhorita que me disse por telefone que não precisaria voltar para casa quando fossemos em um encontro. - digo e ela engasga novamente me fazendo rir.

- Você é inacreditável. - ela diz e vira o vinho todo em sua boca como se fosse água e depois me encara. - Acho que você deve me achar uma mulher muita má.

- E por que acharia isso? - pergunto encarando seus lábios.

- Porque vim aqui com segunda intenção. - automaticamente meus olhos se encontram com o dela e uma eletricidade percorre meu corpo.

- Elisa, não se deve mostrar carne para um lobo faminto. - digo e um sorriso nos cantos de seus lábios faz meu sangue esquentar.

- Mais se você quer alimentar o lobo faminto, qual seria outro jeito a não ser mostrar a carne?

Céus eu juro que tentei me controlar... Mas é impossível ter controle nessa situação. Levanto bruscamente e por cima da mesa mesmo eu alçando seu rosto, meus dedos se entrelaçam em seus cabelos e a puxo de encontro com a minha boca. O beijo é preciso como se nossas vidas dependesse disso, o gosto do vinho em sua boca só deixava mais gostoso o momento. Sinto sua respiração pesar e a mesma começa a ter dificuldade de respirar então a solto e encaro sorrindo.

- Acho que não voltará para casa por alguns dias.

Ares Where stories live. Discover now