Capítulo Vinte e Nove | "Vocês estavam mortas."

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G A E L

— Você assustou a minha mulher, caralho! — Digo puto quando o filho da puta, vulgo meu sogro, desliga o celular sem dar ao menos uma explicação para a Starr.

Eu conheço a minha mulher, ela vai aparecer aqui o mais rápido possível. Ao mesmo tempo que ela é calma até demais, a ansiedade ataca frequentemente.

— Eu preciso que ela venha o mais rápido possível! — Maverick respondeu — Aliás, nem deveria estar lhe dando explicações, rapaz. A filha é minha.

Solto uma risada cruzando os meus braços.

— A filha é sua, mas a mulher é minha.

— Vocês nem casados estão…

— Foda-se — Dou de ombros — No momento que eu declarei que aquela mulher era minha, nós não precisamos de nada mais que a minha palavra. Um papel não prova caralho nenhum!

— Você é tão louco e obcecado quanto o seu pai, Garcia — Acusa e eu solto outra risada.

— Sou, sou louco, obcecado e completamente possessivo pela sua filha — Admito sem medo — Por ela, sou capaz das maiores atrocidades do mundo, apenas para vê-la satisfeita. Ela é tudo que eu preciso e tenho.

Maverick balança a cabeça desacreditado e se afasta ao máximo de mim. Dou graças a Deus por isso.

— Como pode ter orgulho de algo assim? Dessa doença?

— Eu acho que você ainda não entendeu, Maverick — Me aproximo a passos lentos do mais velho — É da Starr que estamos falando, qualquer maluco ficaria completamente obcecado pela sua filha, deveria ter mais consciência disso.

— Outros…

— Que aliás não tem a mínima chance de se aproximarem da Starr. Ela é minha, completamente minha e tem olhos apenas para mim.

— Irá controlar até mesmo os desejos da minha filha?!

— Não, pois todos eles serão direcionados a mim.

— Você é doente, Gael.

— Obrigado — Sorrio de canto — Sou doente pela Starr e isto, não tem cura, então acostume-se — Nossos olhos se prendem em uma luta por dominação — Acho bom você começar a me aceitar como genro, meu sogro, se não as coisas ficaram mais difíceis.

— Está me ameaçando, seu mimadinho do caralho?

— Eu não ameaço ninguém, porra. Eu dou um aviso e, aliás, você já deveria saber disso.

O lembro da última vez que tivemos essa mesma conversa.

— Não me estressa, rapaz…

— Eu estou sendo muito pacífico com você, Maverick, por puro respeito a minha mulher, mas se caso, você peidar fora da latinha, eu irei rever as minhas ações tranquilas.

— Starr, não permitiria…

— Ela que iria ordenar. Apenas faço o que a minha mulher deseja.

O mesmo me olha espantado, enquanto eu me divirto com o seu olhar assustado. Arrumo a minha touca preta e me afasto do Maverick assim que ouço a porta se abrir. Uma mulher completamente perfeita e moldada pelas mãos de Deuses, se aproxima de mim.

— Oi!

— Meu beijo.

— Meu beijo.

— Como é, caralho? — Olho indignado para o Maverick, quando o mesmo diz a mesma porra que eu. Como é caralho?! Ele ainda não entendeu que a mulher é minha? Seus beijos são apenas para mim e foda-se que ele é o pai dela.

Preta RaraOnde histórias criam vida. Descubra agora