Hot Dare | Jikook.

34°

Dessa vez sou eu quem decidiu fazer o café da manhã.

Estou preparando panquecas com chocolate e morango, Jimin ama isso, não sei como uma pessoa que come tanto, pode manter um corpo tão lindo daquele.

Desde que acordei não consegui borrar o sorriso do meu rosto, estou me sentindo diferente, mais feliz do que já estive em muito tempo.

Daniela aparece na cozinha, as vezes esqueço que nessa casa tem uma cachorrinha.

- Bom dia, lindinha. - me agacho pra acariciar seus
cabelinhos brancos.

Brinco com ela por alguns minutos, parece gostar de
mim.

Converso com ela mudando a voz como as pessoas
costumam fazer, mesmo sabendo que nem com minha voz normal, nem com essa vai me entender.

Jimin ainda está dormindo, eu levantei há mais ou
menos uma hora, não quis acorda-lo porque parecia
cansado.

De todo jeito, estávamos atrasados para as aulas,
não tem problema nenhum em pular um dia.

A noite anterior, tirando algumas merdas que
aconteceu, foi perfeita.

Apesar apesar de todas as brigas e problemas, Jimin é pra mim, o destino nos uniu.

Solto uma pequena risada, irônico o garoto que há uma semana atrás tinha certeza que não ia se apaixonar, hoje tem certeza que está apaixonado por aquele loiro problemático até o mais profundo da sua alma.

No meu telefone, coloquei uma playlist daquela banda que Jimin tanto gosta.

Devo admitir que não sou tão chegado nesse estilo musical, mas as músicas deles não são tão horríveis como achei que fossem.

Coloquei em um nível de volume que só eu
consigo escutar, não quero acordar Jimin.

Danço pela cozinha, vestindo apenas uma camiseta
preta de quem suponho que agora é meu namorado.

Ele disse que me ama, e que ia tentar ser melhor pra
mim... Aquilo quer dizer que agora estamos em um
relacionamento, certo? Imagino que sim.

- O que você está fazendo aqui? - a voz rouca e grave
de Jimin me assusta.

Viro-me em seguida pra olhar ele.

Está apenas de cueca.

Que bela visão.

- Que susto. - com um sorriso respondo: - Estou fazendo café da manhã.

Ele franze o cenho, confuso.

- Não, o que você está fazendo na minha casa. Essa é
a pergunta.

Meu sorriso desaparece na mesma rapidez que
apareceu.

Merda, merda, merda.
Ele estava chapado!

Não sabia o que estava fazendo nem falando.

Como sou idiota.

Por que decidi me confessar naquela situação?

- Não se lembra de nada do que aconteceu ontem?
- pergunto, impedindo minha voz de quebrar.

Jimin nega com a cabeça.

- Não, por que? O que foi que eu fiz?

Quero desabar, as lágrimas ameaçam em descer.

Nada foi real.

Preciso sair daqui.

- Não lembra de nada mesmo? - pergunto mais uma vez.