V I N T E E D O I S

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𝗦Ã𝗢 𝗣𝗔𝗨𝗟𝗢, 𝗕𝗥𝗔𝗦𝗜𝗟
𝗜𝗦𝗜𝗦 𝗣𝗢𝗩

📨

ESTAVAMOS quase indo pro caixa, Raphael demorou um ano pra pegar as coisas que precisava, toda vez que eu ia procurar, o jogador estava em outro corredor, quase fiz ele passar vergonha indo atrás do moço do microfone pra pedir pra anunciar que uma criança tinha se perdido.

— Que isso Rapha? – Pergunto pegando a massa de bolo e o granulado que ele colocou no carrinho.

— É uma massa de bolo e um granulado. – Ele diz me olhando debochado. — Brincadeira, essa é a nossa sobremesa.

— Cê que vai fazer?

— Nós iremos fazer. – Ele diz pegando o carrinho e passando na minha frente para ir para o caixa.

— Sua nutricionista vai te matar e eu não vou impedir.

— Eu não vou contar, você vai? – Nego com a cabeça como se fosse óbvio. — Então pronto, tudo resolvido.

Pagamos todas as compras e vamos em direção ao carro, Rapha guarda tudo no porta malas enquanto eu entro. Ligo o carro e Rapha senta do meu lado.

— Já decidiram o que vão fazer no final de ano? – Rapha pergunta ligando o rádio.

— Ainda não, Beca e eu não queremos viajar, e Hera provavelmente vai passar aqui com a gente, não vou mandar ela de volta justamente mas festas de final de ano, aquela casa no natal e ano novo é um caos. – Explico olhando brevemente para o jogador. — Beca tava querendo alugar uma casa no litoral, talvez no Guarujá, só pra não passar em branco mesmo.

— Por que vocês não passam com a gente? O elenco tá pensando em ir pra Maresias, o Joaquín provavelmente já vai chamar a Beca, vem você e a Hera junto.

— É uma boa, vou falar com ela. Ficou toda animada quando eu falei pra ela passar o final de ano aqui.

— Ela parece tá gostando de ficar aqui, pelo que você conta. – Ele diz.

— Eu acho que tá, me mudar pra cá até que teve um ponto positivo, ter um lugar pra ela poder ficar quando estiver mal.

— Ela deve ter amar você como irmã. – O jogador diz colocando a mão na minha perna.

Eu não sei o que tá acontecendo com esse homem hoje.

— Você sossega, não vou parar o carro de novo Raphael.

— Eu não fiz nada, você que quis parar. – Ele diz fazendo sua melhor cara de sonso.

— Você com essa cara de sonso não me engana não Raphael, tá achando que eu acredito no seu papinho? – Digo parando o carro na garagem do condomínio.

— Quem precisou parar o carro só com um carinho meu foi você. – Ele diz me dando um selinho e saindo do carro, dando a volta pra abrir a porta pra mim.

— Obrigada meu servo. – Dou um tapinha em seu rosto enquanto passo por ele que me olha totalmente indignado.

— Cê sabe que eu sou um príncipe né? – Ele brinca indo abrir o porta malas.

— Pra torcida do palmeiras você até pode ser, mas pra mim você é só o meu servo.

— Quem saiu de casa pra me buscar no aeroporto aquele dia foi você gatinha.

— A gente precisa fazer uma pra ir pro céu né, ajudar os necessitados de vez em quando é bom.

Pego algumas sacolas e vamos em direção ao elevador.

𝗦𝗘𝗗𝗘𝗫 • 𝗥𝗔𝗣𝗛𝗔𝗘𝗟 𝗩𝗘𝗜𝗚𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora