Tu não te lembras, jamais esqueci
Da tarde em que ristes de mim
Tinhas os olhos cheios d'água
Implorando por desculpas
Tua atuação ruim
Não me esqueço, não queres lembrar
Da piada repetida de amar e perdoar
Eu assumi tua culpa e sumi
Dentro da minha própria existência
Pela insistência em adiar o fim
Num dia do mês, eras o sonho perfeito
Noutros dias, o pior dos pesadelos
Eras o beijo ardente pela manhã na tez
E a taça de fel por toda à tarde
O veneno à cada noite, a escassez
Queres voltar pela estrada que ruístes?
Queres morar no lar que demoliste?
Queres comer no prato em que cuspiste?
Queres sorriso de quem fizeste triste?
Queres a vida de quem não mais existe.
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De um Céu Laranja, Meio Roxo
PoetryAqui trago 65 poemas que falam sobre minha vida ao longo dos últimos anos. Longos anos pandêmicos e pós-pandêmicos. Poemas sobre momentos banhados por um sol laranja, que falam de apoio, carinho, sonhos e muito amor. Há também poemas que remetem ao...