9: pedido de desculpas

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A alguns dias Addison não tinha sinais de Meredith, ela havia sumido completamente do trabalho. Addison pensava na possibilidade da mais nova ter desistido, o que não seria uma surpresa já todos sempre desistem. Sua mente em confusão foi vangloriada quando seu chefe a chama na sala dele. Parece que o universo percebeu que a ruiva precisava de algumas respostas.

-- Quando a Meredith chegar...

-- A Meredith não vem. -- Disse seca.

-- Como não vem? -- Mark ficou confuso com aquela afirmação.

-- Ela sumiu a dias. -- explicou.

-- Na verdade não. -- Addison o olhou confusa. -- Nós saímos, algumas vezes.

Addison abriu a boca para falar algo mas nada saiu. As palavras de Mark deixam Addison momentaneamente sem reação, enquanto ela processa essa revelação inesperada.

-- Ela me pediu pra não comentar nada, mas eu não sabia que ela não estava trabalhando mais.

-- Pelo visto nenhum de nós dois sabe realmente sobre ela. -- A alfinetada fez Mark se irritar, mas se controlou em nome da velha amizade que os dois possuíam.

-- Não sei o que você fez, mas deveria pedir desculpas para ela.

-- Eu não fiz nada! -- Addison foi embora bufando.

Ela não pediria desculpas. Não tinha motivo.

Com a ausência da Detetive Grey, Addison começa a sentir o peso adicional do trabalho se acumulando ao longo do tempo.
A sobrecarga torna-se palpável, revelando a importância da parceria que, apesar das diferenças, Addison saia admitir que a Grey desempenha um papel significativo na dinâmica de resolução do caso.

Confrontada com a ausência de Meredith e o peso crescente do trabalho, Addison se encontra em um estado de reflexão. Em meio à trama intricada do caso Shepherd, a sombra da culpa começa a se estender.
Addison, reconhecendo a importância de sua parceria com Meredith, decide fazer um pedido de desculpas.

-- Meredith, eu... sinto muito pelas coisas que foram ditas. Podemos conversar? -- Ela fala sozinha no escritório que costumava ficar acompanhada por uma loira temperamental.

-- Podemos. -- Meredith surge na porta, como se Addison tivesse feito um pedido e alguém acatou.

-- Eu... -- Addison tenta.

-- Eu sei. -- Meredith fala com uma expressão serena no rosto.

O pedido de desculpas de Addison carrega o peso da vulnerabilidade, revelando um desejo de reconciliação em meio a tudo que envolvem as detetives.

-- Acumulou muito trabalho sem você.

-- Eu sei que faço falta. -- Disse convencida.

As palavras sinceras revelam um sentimento compartilhado entre Addison e Meredith. A ausência de Meredith não apenas afeta o trabalho, mas também ressalta a dinâmica única que existe entre elas, deixando espaço para a reconstrução de uma parceria que, mesmo tumultuada, é fundamental para a resolução do caso.

Com as palavras simples, mas significativas, a tensão entre Addison e Meredith se dissipa.

-- Estamos em paz? -- Addison pergunta querendo mostrar pouco caso, mas Meredith sabia que ela realmente queria saber.

-- Sim.

Elas dão as mãos, e uma onda de choque percorre pelo corpo de ambas com aquele pequeno contato, marcando um momento de reconexão e possivelmente o início de uma nova fase em sua complexa parceria.

Sem perceber, as mãos de Addison e Meredith continuam se tocando, os olhares profundamente conectados.
Esse gesto simples ganha uma intensidade única, simbolizando não apenas a reconciliação, mas também o reconhecimento mútuo da importância que têm uma na vida da outra, não apenas como parceiras de trabalho, mas como indivíduos que compartilham um laço que vai além das palavras.

O delicado momento entre Addison e Meredith se dissipa abruptamente quando Mark bate na porta, interrompendo a conexão momentânea.

-- Desculpe interromper, mas precisamos revisar alguns documentos.

A realidade do trabalho os traz de volta ao ambiente profissional, destacando a delicada fronteira entre a vida pessoal e as responsabilidades na delegacia.

Uma quase duplaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora