Capítulo 10.

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Logan Narrando.

Aquela capa me deixava mais poderoso, eu gostava da sensação de poder, sempre me agradou me sentir mais importante, inteligente e esperto.

No meu dormitório, tinham mais dois garotos, que se chamavam Louis e Damon.

Louis era mais tímido, havia falado pouco quando fomos destinados a ficar no mesmo quarto, já Damon, era como eu, extrovertido, havíamos passado boas horas conversando.

-Vamos nos atrasar.- avisou Louis.

-Já estou indo, odeio acordar cedo.- reclamou Damon.

Descemos as escadas e fomos até o salão principal, onde era servido as refeições, nos sentamos na mesa onde só tinham alunos da Sonserina.

"Nós não nos misturamos com outras comunais."- Damon tinha me dito noite passada.

O desjejum inglês era bom, mas sentia falta dos cereais dos Estados Unidos, um bom prato de bacon e ovos.

-Olha se não é o Evans.- disse um garoto aparentemente mais velho.

-E quem é você?- arqueei uma sobrancelha.

-Josh Macqueen e você não devia andar com eles.- apontou para os garotos.

-Por que?- olhei para os meus amigos que se encolheram.

-Sangue ruim, são trouxas que acham que são bruxos.- disse com superioridade.

-E o que importa? Estão aqui da mesma maneira que você, devem ter talento.-afirmei.

-Você é um Evans, você é primo do Potter, que não é lá grande coisa, mas derrotou o bruxo mais malvado de todos os tempos- se aproximou- Voldemort.

Franzi o cenho confuso, esse nome me soava familiar, pesquisaria sobre ele mais tarde.

-Não importa quem eu sou, eles são meus amigos, nos deixem em paz.- levantei chamando os outros dois.

-Você vai se arrepender de não ter escolhido companhias melhores.

-Arrependido eu estaria se andasse com você, igual esses três otarios, que parecem cachorrinhos.

-Repete o que disse!- falou o menino.

-Você é surdo?

O garoto pegou uma faca que estava próximo de algumas fatias de pão e levantou contra mim, fui mais rápido e peguei um prato de mingau jogando em sua cabeça.

-Seu merdinha!- gritou quando saímos correndo pelos corredores.

Quando conseguimos despistar eles, começamos a rir da situação.

-Estamos ferrados, ele vai acabar com a gente.- Louis disse ofegante.

-Não vai, ele pode ser mais velho, porém é burro.- encostei na parede cruzando os braços.

-Obrigado por ter defendido a gente Logan.- disse Damon.

-Não foi nada demais, minha mãe sempre fala que somos todos iguais, independente dos status, cor, sobrenome e etc.

-Valeu mesmo assim.

Sorri com os agradecimentos deles, era legal ser rodiado de pessoas, mas ter amigos verdadeiros era melhor ainda.

S/N Narrando.

Acordei com um vozerio estranho no andar de baixo, levantei e abri a porta devagar, me aproximei do corrimão da escada e vi Draco.

Me abaixei na tentativa de me esconder e poder ouvir a conversa.

-Desde quando Theo virou pai?- Draco perguntava para Blásio que se engasgou com alguma bebida que tomava.

Senti todo o sangue do meu corpo se esvair.

-Ah, ele teve um caso com uma moça de uma família trouxa, a mãe morreu e ele cuidou da criança.

-Por que nunca o vi aqui?

-Ficava com os avós.

-Os Luckman?

-Não, os pais da moça.

-E o que estava fazendo aqui?- perguntava sem parar.

-Veio ficar as férias com ele.

-Mas ele não estava trabalhando?

Blásio começou a se enrolar nas palavras, ele estava sem desculpas pra situação e eu estava com mais medo do que o normal.

-Não sei, o filho é dele, ele sabe o que faz, por que está tão interessado?

-Não sei, isso me intrigou.- suspirou- Sabe quem eu encontrei ontem?

-Quem?

-S/N.- ao ouvir meu nome em sua voz, meu coração disparou.

-S/N? Como você achou ela?- perguntou fingindo.

-Na estação de trem, ela parecia fugir de algo, estava assustada.

-Assustada?

Eu não havia comentado com Blásio, sobre o homem estranho, que havia visto na estação depois que Logan havia partido.

-Sim...Ela está mais linda do que antes, aquela mulher, é inexplicável.

-Aconteceu algo entre vocês?- bati na testa após ouvir essa pergunta desnecessária de Blásio.

-Sim, transamos.- senti meu rosto esquentar- Ela é maravilhosa, mesmo depois de onze anos aquela mulher é o amor da minha vida.

Talvez, por ouvir aquelas palavras, eu me emocionei demais e acabei derrubando um vaso que havia ao meu lado.

-Tem alguém lá em cima?- questionou Draco.

-Não, eu tô sozinho.

Me xinguei mentalmente muitas vezes, tentei sair devargazinho, mas acabei pisando em um caco do vaso de cristal.

-Porra.- soltei baixinho.

-Você não tá sozinho.- Draco falou e eu ouvi seus passos subindo os degraus.

Me arrastei devagar para dentro do quarto, enquanto meu pé sangrava sem parar, a dor era quase insuportável, fechei a porta atrás de mim e me arrastei até a cama.

-Tem sangue aqui.- Draco falou e pela fresta embaixo da porta, enxerguei sua sombra- E leva até esse quarto.

A maçaneta girou e eu fechei os olhos.

Votem e comentem.
Beijinhos da autora.





Depois de Nós // Draco Malfoy Where stories live. Discover now