040; El Dorado

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Maratona 2/5.

*

NARRADOR

— A minha casa está destruída. — comentou Samantha.

Os jovens andaram por vinte minutos, um percurso que certamente levaria uma hora, mas o medo de serem atingidos por um tiro ou bomba, os fez correr como se tudo pudesse acabar em uma questão de segundos. Zaya estava abraçada à prima que se encontrava em lágrimas após ver tudo o que aconteceu com a sua família e sua casa, a mulher via tudo se perder em um vazio doloroso, enquanto todos respeitavam o seu tempo e permaneciam em silêncio. 

De repente, viram flechas sendo disparadas na direção dos soldados que gritavam e tinham seus corpos queimados, Zaya soltou o corpo da prima e ficou na beirada do barranco observando tudo e franziu o cenho ao ver Rafe carregando o corpo de sua mãe, logo o garoto recebeu a ajuda de Toretto que a segurou no colo e a levou correndo para o estábulo onde as mecânicas eram realizadas. 

— A minha mãe... — ela soltou quase num sussurro. 

Brian teve de agarrá-la quando a mesma tentou correr todo o caminho de volta, ambos caíram sentados no chão, e o pai continuava a abraçando. Tyler levou as mãos a cabeça e fora abraçado parcialmente por Meadow que respirou fundo procurando uma maneira de acalmar o garoto. 

— Zay, se você voltar, não vai conseguir fazer nada... Precisamos seguir. — colocou as mãos no rosto da garota. — Ei! Precisamos seguir, e eu preciso que seja forte, use os seus instintos, Zaya! — ele pediu. — Seja uma O'Conner. 

Os irmãos Rachel e Henry observavam a cena, e se abraçaram brevemente, tentando passar de qualquer forma uma força um para o outro. A Toretto mais nova se desvenciliou dos toques de Brian, e ficou de pé observando os soldados morrendo e sendo queimados. 

— Vamos logo atrás do ouro, porque ainda hoje eu quero ver minha mãe. 

— Fácil assim? — perguntou John B. 

— Ela me deu a arma dela e me pediu para matar qualquer um que tente se aproximar de nós, e eu farei isso, e quando voltarmos, é isso que contarei a ela. — argumentou, voltando a andar. 

Ignorando todas as explosões e gritos, o grupo seguiu em uma caminhada floresta a dentro, Braga estava a frente recebendo a ajuda do filho que observava o mapa e guiando todos os jovens, enquanto Brian o seguia por último com a companhia de Henry, ambos realizavam a proteção, para evitar que qualquer soldado se aproxime e os ataque pelas costas. 

Depois de uma hora caminhando, todos estavam cansados, e sentados em partes da flora enquanto Braga andava de um lado para o outro, completamente irritado em ter de esperar, o filho ao perceber o nervosismo do pai caminhou até o mesmo, e após passear os olhos por todos do grupo voltou a encarar o homem.

— Que tal você descansar um pouco? — o garoto indagou. 

— Não. Vocês todos estão me atrasando, vai anoitecer. — ele respondeu. — Zaya, você não quer falar com a sua mãe ainda hoje, menina? Com essa demora, não vai conseguir. 

— Não aguento mais. — ela murmurou, olhando para a irmã que concordou. 

— Para de reclamar, essa é a única chance que a gente tem, vamos lá. 

— Ei, será que dá para você ficar por trinta segundos sem parecer um babaca? — argumentou John B. 

— Trinta segundos? — com a voz carregada de sarcasmo, Braga devolveu a questão. — Passei a vida procurando isto, e estamos quase lá. Eu tentei ser um bom homem e ignorar tudo que tá acontecendo, mas Brian O'Conner que tentou me matar, está na minha cola, e a filha dele tá me espionando. 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora