The Rockstar (WENCLAIR)

A Sociedade - Capítulo 8

Oiê...

Genteee finalmente tô de férias!!! E pra enlouquecer ainda lancei outra fic aqui no perfil, pq eu não tenho amor a minha sanidade mental.

Espero que gostem do post de hj e desculpa a ausência dessa semana 

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ENID'S POV

A casa já estava toda escura e silenciosa, tão silenciosa que eu conseguia ouvir o canto de uma coruja do lado de fora. Provavelmente o meu quarto era o único ambiente da casa iluminado, a lamparina estava acesa na mesinha de cabeceira enquanto eu mantinha todas as cartas dela aberta sobre minha cama. Às vezes quando estou sem sono, releio uma por uma com o triplo de atenção, me concentro tanto que é quase possível ouvir sua voz em meu ouvido. Eu não sei o que Wednesday Addams fez com a minha cabeça, eu morro de medo que alguém descubra, tenho medo de ser expulsa, ou que a expulsem, eu também tenho medo de fugir, cresci ouvindo histórias horrorosas sobre o mundo dos ingleses, mas se ela fugir comigo, bom... se ela estiver junto eu não tenho medo de nada.

Dobrei todas as cartas com cuidado, já era tarde e eu precisava dormir, amanhã o dia começaria cedo como todos os outros. Guardei cada pedaço de papel riscado com a letra da Wednesday de volta na caixinha de madeira e a deixei no fundo do meu guarda-roupa. Willa está sentando ao meu lado na igreja no domingo, não que ela já não fizesse isso antes, mas agora, depois do seu pedido, isso tem outro significado. Não nos tocamos, não nos abraçamos, não nos beijamos assim como qualquer outro casal em Jericho, porque a discrição e o pudor são pilares primordiais, toques são reservados para o casamento, então, se não fossemos duas meninas, seríamos apenas mais um casal sob o teto da igreja.

Apaguei a lamparina e deitei em minha cama, fechei meus olhos e meus pensamentos foram direto nela.

- Ai, Willa – resmunguei colocando minha cabeça sob o travesseiro – eu preciso acordar cedo, me deixa dormir.

Escutei um estalo vindo da minha janela e levei um susto, talvez tenha sido o galho da árvore, mas tenho certeza que meu pai mandou meu irmão podar os galhos. Provavelmente era coisa da minha cabeça. Outro estalo e dessa vez ele pareceu um pouco mais forte. Era chuva? Levantei parte do meu corpo e olhei em direção a janela e não tinha nenhuma gota de água no vidro. Outro estalo e dessa vez eu tenho certeza que vi algo atingir o vidro. Levantei da cama com pressa e corri até a janela, levantei o vidro e senti o vento frio da madrugada atingir meu corpo. Olhei para baixo e lá estava ela, segurando uma lamparina, os cabelos compridos estavam soltos e marcados pelas tranças, ela vestia sua camisola branca que estava com a barra a mostra sob o casaco pesado preto que usava. Wednesday fez sinal com a mão, me chamando, sem falar nada, fiz sinal para ela esperar e fechei a janela. Calcei meus sapatos e joguei o casaco pesado cinza escuro sobre meu corpo. Abri a porta do meu quarto com cuidado e ela rangeu baixinho, passei pelo corredor e pude ouvir meu pai roncando, desci as escadas e saí pela porta do fundo. Apertei o casaco contra meu corpo me protegendo do frio, Wednesday esticou um braço e me recebeu, abraçando meu corpo e afundando o rosto em meu pescoço.

- Estava com saudades – ela falou quando nos afastamos.

- Shiuu – coloquei meu indicador sobre meus lábios e olhei para o segundo andar da minha casa, na direção da janela dos meus pais – vem comigo – falei quase que em um sussurro.

Peguei sua mão e a guiei pela propriedade até o estábulo, tirei o pedaço de madeira que mantinha as portas unidades e as empurrei.

- Vem, entra – falei dando passagem para ela.

Deixei a porta do estábulo encostada, os cavalos já dormiam cada um em sua baia deitados sobre o feno.

- Willa, você pirou? – Perguntei ainda com a voz baixa.