𝐒𝐎𝐋𝐈𝐓𝐔𝐃𝐄 • Alucard T.

ılı﹑ৎ୭﹒𝐍𝐎𝐂𝐓𝐔𝐑𝐍𝐄﹑ılı

— O que há de errado, Lady Brand?
— Nada... Eu só...
— Só estava notando em meus dentes?
Fiquei em silêncio por um tempo...
— Sim... Perdão.

Walter riu como se fosse a coisa mais engraçada do mundo...
Eu fiquei demasiadamente confusa...

Em um movimento rápido, Walter me envolveu em seus braços, fazendo-me aproximar dele... Ele tinha o rosto em meu pescoço, quase encostando os lábios dele em minha pele... Era intoxicante...

— Olhe fixamente para o espelho ao seu lado, minha cara... - Ele sussurrou.

Então eu olhei... Walter estava me segurando como se estivéssemos dançando...

— O quê você vê?... - Ele perguntou com seu sorriso diabólico...
— Três... Três pessoas... - Sussurrei...
— Exato... Agora olhe as pessoas dançando. - Ele disse em um tom de comando.

O baile estava cheio... Pessoas dançavam e se divertiam... Meus olhos vagaram pelos rostos todos pálidos e frios... Todos eram vampiros... Exceto Belmont, Trantoul e a Lady Cronqvist...

— Não sabes quanto tempo esperei por você, minha querida... - Walter disse enquanto acariciava meu rosto...

O baile estava cheio... Walter me redirecionou ao Jardim do Reino... Onde havia apenas nós.

Eu estava com medo... Assustada... Pela primeira vez, eu não sabia com o quê estava lidando...

— A conheci comunicativa... Agora tão calada... Eu te assusto, Lady Brand?...
— Não...
— Então por quê de seu silêncio?
— Porque nunca estive próxima á um Vampiro...
— Há uma primeira vez para tudo...

Suas palavras era enfeitiçada... Notei o acessório no paletó dele... Era uma pedra em formato de losango... Era belo, sua cor era carmesim, como os olhos de Walter...

Senti seus dedos em meu queixo, levantando-me a cabeça para olhar em seus olhos... Walter tinha um sorriso convencido... Seu rosto estava próximo ao meu... Entre meus lábios e minha bochecha...

Ele esfregou seus lábios em minha bochecha e sussurrou calmamente...

— Não há o que temer, minha dama...

Estremeci com seus toques e sua voz... Walter me intriga... Quando me dei conta que estava chorando, foi quando Walter limpou a lágrima que escorria de meus olhos... Minha respiração ainda era controlada... Mas eu não pude controlar minhas lágrimas....

Walter sorriu ao limpar a lágrima que caiu do canto de meus olhos... Era como se ele estivesse tomando cuidado comigo... Sendo delicado e completamente carinhoso...

Seus lábios foram para o meu pescoço... A mão esquerda dele segurava gentilmente meu maxilar esquerdo... Enquanto a mão direita estava pousada em minha cintura... Ele depositou um beijo na região, que me arrepiou... Walter iria me beijar ou me morder?...

— Prometo que não irá doer... - ele disse e então segurei em seu paletó...

Foi quando senti a dor mais agoniante da minha vida... Os dentes de Walter perfuravam minha pele como se fossem agulha em tecido... As lágrimas que antes não caía, agora caem disparadamente... Minha voz ficara embargada... Walter me segurava com firmeza, enquanto bebia e deliciava-se de meu sangue...

— Deliciosa... Seu sangue é delicioso, minha dama...

Ele disse após saciar-se de meu sangue, eu estava cada vez mais assustada, e fraca... Então caí sobre as rosas espinhosas... Walter riu diabólico, mas então parou e me olhou com uma certa ternura.

— És como um quadro, minha dama... Belíssima deitada nessas rosas...

Walter se aproximou e segurou em minha cintura, acabou que se espetou com as rosas... Ele nem se incomodou, mas suas mãos sangravam... Em um ato brutalmente brusco, ele enfiou sua mão ensanguentada em meus lábios, eu o olhei assustada.

— Agora... Você é minha. - ele disse sorrindo enquanto me olhava...

Não pude deixar de notar o sabor metálico do sangue se misturar com minha saliva... O que me fez engolir o sangue dele... Era forte... O sangue de Walter era forte... Como a de um vampiro...

— O... O que você fez...?!
— Irei te fazer uma da minha raça, minha dama. - ele sorriu...

Eu devia acreditar nele? Eu devia fugir... Mas seria eu uma vampira também?!... Deus, isso não pode ocorrer...

Eu olhava para baixo, então Walter levantou minha cabeça... De um home delicado e gentil, para um monstro brutal e grosseiro; aparências enganam...

— Boa noite, meu amor. - Walter beijou meus lábios, e então eu apaguei...