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O Sol se punha. As imensas sombras se alongavam rapidamente pela floresta. Naquele estranho crepúsculo de um dia de final de verão, eu vi, à minha frente, a sinuosa senda que desaparecia entre árvores imensas. Eu estremeci e olhei por sobre o ombro, amedrontada. O vilarejo mais próximo situava-se milhas atrás; o seguinte, milhas à frente.

Seguindo o caminho, olhei para a esquerda e para a direita e, depois, para trás. Então parei, levando a mão ao florete, ao escutar o ruído de galhos quebrando, o que indicava a presença de algum pequeno animal. Ou seria uma fera?

Mas a senda continuava e eu seguia em frente, pois era tudo o que eu podia fazer.

Enquanto avançava, pensava: “Minha própria imaginação há de me desorientar, se eu não estiver atenta. O que pode haver nesta floresta senão as criaturas que a povoam habitualmente, como cervos e outros animais de mesmo gênero? Para longe de mim todas estas lendas tolas do meus pais”.

Assim, continuei a caminhar, enquanto o crepúsculo desaparecia e era substituído pelas trevas. As estrelas puseram-se a cintilar e as folhas das árvores murmuravam, impelidas pela brisa suave. De repente, estaquei, segurando a espada. Justamente à minha frente, por trás de uma curva na trilha, alguém cantava.

Eu não conseguia compreender as palavras, mas aquele sotaque era estranho, quase bárbaro.

Escondi-me rapidamente detrás de uma grande árvore. segurava meu vestido, Um suor frio escorreu de minha fronte. O cantor não tardou a aparecer. Era um homem alto e magro, cuja fisionomia era pouco perceptível ao crepúsculo. Dei de ombros. Nada tinha a temer de um homem. Saltei de meu esconderijo com a espada em riste.

— Alto lá!

O homem não demonstrou a mínima surpresa.

— Por favor, amiga — disse — cuidado com essa espada!

Um tanto envergonhada, abaixei a arma.

— Eu sou nova nesta floresta — disse, à guisa de desculpa. — Ouvi falar de salteadores. Peço-lhe perdão. Onde fica a trilha que leva a Villefère?

— A senhorita errou o caminho! — respondeu ele. — Deveria ter tomado a bifurcação da direita. Você passou por ela há pouco. Sigo para lá. Se aceitar a minha companhia, eu a guiarei.

Hesitei. No entanto, por que deveria hesitar?

— Claro que sim. Chamo-me Elizabeth. Sou da Realeza.

— Eu sou Keisuke vamp.

— Não! — exclamei, dando um passo atrás.

Ele me olhou, surpreso.

— Perdoe-me — disse-lhe. — Esse nome é estranho. Vamp não é uma gíria de vampiro?

— A minha família sempre foi de grandes caçadores — ele respondeu.

Ele não me ofereceu a mão em cumprimento.

— Perdoe o meu assombro — disse, enquanto descíamos o caminho — , mas eu quase não consigo enxergar o seu rosto nesta penumbra.

Senti que ele sorria, embora não emitisse som algum.

— Pouco há o que ser visto — ele respondeu.

𝙎𝙏𝙍𝘼𝙉𝙂𝙀 𝙇𝙊𝙑𝙀 | ᵏᵉⁱˢᵘᵏᵉ ᴮᵃʲⁱ HIATUSWhere stories live. Discover now