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GABRIEL
- Cheguei para alegria de todos. - digo assim que chego ao Ct.
- Que tristeza. - o Matheus diz.
- Se fode, noiado.
- Oi meu gostoso. - o Arrasca diz e vem até mim.
- Oi delícia.
O único que me ama e me valoriza nessa merda.
- Dominguinho tem jogo, quero gol teu, em filhão. - o Gerson como um bom apoiador meu, diz.
- Queria que tivesse, e vai.
Eu acho.
- É assim que diz.
Eu não estou na minha melhor fase agora, aí eu pergunto: o que caralhos acontece comigo?
Eu odeio me cobrar assim, mas é verdade.
Ficamos em um papo fiado ali, e logo o treinador chamou nois.
Treinamos e os cara chamou pra fazer uma resenha na casa do Arrasca.
- Ai, chama minha mulher. - o Matheus diz me olhando.
Nem fudendo que ele estava falando de uma certa pessoinha.
- Quem? - pergunto.
- Vitorinha.
- Tua mulher é meu ovo esquerdo.
- Ih, cheirinho bom. - Gerson.
- De que? - o Léo pergunta.
- Ciúmes.
- Tá apaixonadão, hein. - o Matheus da um tapinha nas minhas costas e se senta no meu colo.
- Sai, viado.
- Caralho irmão, que fuzil! - ele diz após sair do meu colo com um empurrão meu.
Nem fudendo.
Eu começo a ri pra caralho com o resto do elenco.
- Até parece que não tem. - digo.
- Não tem mesmo. - o Léo diz e o Matheus manda o dedo do meio pra ele.
