Boggarts e Orcs

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Luna: Tom, eu achei um livro incrível.

Tom: Mais incrível que eu?

Luna: Você está com ciúmes?

Tom: Não, não seja ridícula.

Luna: Você ainda está chateado por que eu tenho outro diário?

Tom: Eu nunca fiquei chateado. Só acho injusto que você nunca fale comigo sobre nada interessante.

Luna: Eu falo com você sobre muitas coisas interessantes.

Tom: Quero dizer interessantes pela minha definição Luna, não pela sua.

Luna: Ok, sobre o que você quer falar?

Tom: Eu... bem... não consigo pensar em nada agora... Você não me deu tempo.

Luna: Bem, quais áreas lhe interessam?

Tom: Já que você está perguntando, sempre gostei de Artes das Trevas.

Luna: Eu gosto disso também.

Tom: Você gosta?

Luna: Sim, Defesa é um ótimo assunto. Eu já te contei sobre o professor Lupin?

Tom: Sim, o lobisomem. Eu me lembro que ele gosta de colocar as crianças na frente de criaturas levemente perigosas com pouca preparação.

Luna: Não foi bem isso que eu disse. Você faz isso parecer horrível.

Tom: Não é exatamente o melhor método que já ouvi.

Luna: Isso se chama aprender através da experiência.

Tom: A experiência vem com o tempo. As crianças nem sempre estão preparadas para essas coisas. Você mencionou um bicho-papão.

Luna: Sim?

Tom: Só posso imaginar que o objetivo dele era ajudar vocês a vencer quaisquer medos irracionais que pudessem ter.

Luna: Sim, suponho que esse seja o ponto.

Tom: Bem, a falha é que nem todos os medos são irracionais. Presumir que as crianças não têm nada genuíno a temer é simplesmente irresponsável. Veja você, por exemplo.

Luna: Meu maior medo são os sapos tanaculares venenosos.

Tom: Eu sei e estou decepcionado por não ter conseguido testemunhar quando isso apareceu no meio da sala de aula.

Luna: Foi muito engraçado ver a cara de todos. Eles pareciam igualmente assustados quando eu o transformei em uma polia. Não consigo imaginar o porquê.

Tom: É um verdadeiro mistério. O que quero dizer é que você perdeu sua mãe quando era jovem. Era altamente possível que seu maior medo fosse perder seu pai também. Como você se sentiria se de repente fosse confrontada com a visão do cadáver dele ali mesmo em uma sala de aula, na frente de todos os seus colegas?

Luna: Ah... Isso teria sido horrível. Eu vejo o que você quer dizer.

Tom: Apenas sinto que um pouco mais de bom senso deveria ser aplicado. Tenho certeza de que para muitas crianças essa abordagem será excelente, mas para outras poderá fazer mais mal do que bem.

Luna: Você tem razão. Eu poderia mencionar isso a ele?

Tom: Se você quiser. De qualquer forma, não foi bem isso que eu quis dizer.

Luna: Sobre o que?

Tom: Eu disse que gostava de Artes das Trevas, não Defesa Contra as Artes das Trevas.

Luna: Oh, Essa não é realmente uma área na qual tenho muito interesse.

Tom: Eu imaginei esse tipo de resposta.

Luna: Por que você gosta disso?

Tom: Eu simplesmente gosto. Estudar a magia e todo o seu potencial. Níveis que a maioria das pessoas tem medo de explorar.

Luna: Por boas razões?

Tom: Digamos que sim. Isso que torna a experiência emocionante.

Luna: Suponho que posso entender isso. Como uma Corvina, a descoberta e o desenvolvimento de práticas mágicas sempre tiveram um apelo. Posso ver como as possibilidades únicas oferecidas através do estudo das Artes das Trevas seriam tentadoras.

Tom: Talvez quando você for mais velha você possa investigar isso?

Luna: Talvez sim, talvez não. Não é algo que eu pensaria agora.

Tom: Justo, de qualquer forma, você mencionou um livro incrível?

Luna: De qualquer forma, você está com ciúmes.

Tom: Apenas me fale sobre o livro.

Luna: Ele é incrível. Detalha a jornada dessas criaturas encantadoras chamadas Hobbits.

Tom: Aposto que não pode te ensinar como lutar contra um dementador.

Luna: É verdade, mas você não pode me ensinar como fugir de um exército de orcs.

Tom: O que, em nome de Merlin, é um orc?

Luna: Que bom que você perguntou, Tom.

Luna Lovegood e o Diário do Lorde das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora