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𝐌𝐀𝐂𝐇𝐔𝐂𝐀
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"Não olhe para ele, Willow", Theo sussurrou, "Ele agora está olhando para você- o maldito filho da puta parece um maldito cachorrinho abandonado. A porra da audácia que ele tem..."

O peso dos olhos de George sobre mim era forte o suficiente para me fazer sentir como se ele estivesse me esmagando. Tentei não olhar para ele, não mostrar o quanto me sentia desesperada para responder a ele, não mostrar o quanto eu precisava dele.

"Se ele tiver coragem, ele vai falar comigo e me dizer o que diabos aconteceu com ele", murmurei, apertando forte o lápis na minha mão, observando as anotações em meu caderno serem completamente sem sentido porque minha mente estava em outro lugar, "Ele não é o tipo de garoto que para de falar com uma garota depois de transar com ela. Ele não pode fazer isso comigo. Muito menos se eu for a porra da melhor amiga dele".

"É melhor ele ter essas bolas porque estou começando a ter menos consideração pelos nós dos meus dedos e estou mais disposto a quebrar a cara dele", Theo cuspiu, tentando manter os olhos em Snape.

"Como eu estava dizendo", Professor Snape falou lentamente, com os olhos grudados em nós dois, fazendo-nos ficar imediatamente em silêncio. "Durante nossa primeira aula da próxima semana, estaremos tratando com uma poção particular e especial que é ao mesmo tempo bem — conhecida e perigosa; a Amortentia."

Foda-se minha vida, cara. Não poderia ser outra poção, poderia?

"Não vou pedir que você me diga qual é o cheiro da sua poção, a menos que queira fazê-lo, mas preciso que todos vocês a preparem adequadamente e se lembrem das consequências que esta poção tem. Especialmente porque estou lidando com um grupo de adolescentes soltos como você."

Naquele momento, quando a aula terminou, beijei a bochecha de Theo e saí das dunas imediatamente. Sentindo o sangue em minhas veias esfriando e a tristeza me cercando.

Por que George teve que fazer isso? Por que ele não podia simplesmente falar comigo? Não me importo se ele não quer repetir o que aconteceu, nem me importo se ele se arrepende. Eu só não quero perdê-lo e significar tão pouco para ele para me deixar ir tão facilmente.

Voltei para a sala comunal da Grifinória, iludindo todos que falavam sobre a partida de quadribol marcada para esta sexta-feira e rapidamente cumprimentando Alicia e Angelina, que estavam sentadas juntas na escada. Ao entrar furtivamente no meu dormitório, encontrei Marlena olhando para um novo bilhete em suas mãos.

"Lena-"

"Willow, olhe isso", ela me interrompeu, mostrando-me a carta. "Olha o que esse idiota diz. Cazzo! Juro por Merlin que esta era a última coisa que eu esperava."

Li a nota com atenção.

Marlena,

Como lhe disse na minha carta anterior, considero que você deveria ter mais cuidado com o que está fazendo, ou seja, com os relacionamentos que está tendo. Eu entendo que você gosta de sua vida sexual com homens — mas com mulheres, Marlena? Realmente? Espero mais de minha filha e peço a você, mais uma vez, que reconsidere suas ações antes que nosso vínculo comece a esfriar.

- Seu pai.

"Que porra é essa?!", explodi, absolutamente confusa e cheia de indignação. Como ele se atreve a dizer isso? "Ele é homofóbico? Desde quando?"

Marlena engoliu em seco, "Ele sempre foi. Meu próprio irmão, Damiano, foi repreendido milhares de vezes porque gostava de usar roupas associadas à feminilidade, e tenho tentado manter meu relacionamento com ele o melhor possível fora disso, o que não faço a porra da ideia é como ele descobriu que eu transava com garotas também".

TOUCH THE STARS | George Weasley - PortuguêsWhere stories live. Discover now