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NAJU.

Bah, essa guria é uma bruta ignorante. que ódio. Eu só não quero a ajuda dela, é tão simples, mas não, ela quer fazer tempestade em uma copo d'água.

É só pensar um pouco no meu lado porra, eu me sinto culpada pra caralho por ter deixado minha mãe sozinha aqui, mesmo ela falando que era melhor eu morar com o pai porque ele tem uma condição melhor e poderia me dar conforto, mas do que adianta eu ter conforto e ela não? e pra falar a verdade, eu tinha tudo lá, menos esse bendito desse conforto.

Foi difícil pra caramba pra convencer os dois a me deixar voltar pra cá, mesmo doente e precisando de ajuda, a minha mãe não queria que eu voltasse pra favela. Meu pai só não queria deixar porque de longe não tinha como me vigiar, minha madrasta não ajudava em nada falando um monte de merda no ouvido dele só pra enaltecer a filha dela que é um anjo pra eles, mas debaixo dos panos aquela ali é o próprio diabo.

Inferno do caralho

Subi pro quarto tentando fazer o mínimo de barulho, fechei a porta e a fui logo pegando meu pijama e indo tomar um banho. Minha mãe deve está dormindo, casa da muito quieta. Fiz um coque jogada com as tranças pra não molhar e enfiei o meu corpo debaixo do chuveiro, coisa boa essa agua geladinha. Fiquei um tempo no chuveiro, deixando meu corpo relaxar em contato com a agua e depois me sequei, vesti meu pijama, escovei os dentes e voltei pro meu quarto

Arrumei minha mochila pro curso a amanha e me deite, demorou muito não e eu dormi.

[...]

dia seguinte

Hoje o curso foi bem mais puxado, passaram um trabalho em dupla e logico que eu fiquei com a Tamires. Th levou e buscou a gente dessa vez, ele doidinho cara, Tamires se irrita com ele direto. Dessa vez eu vim pra casa e combinamos de eu ir lá pra casa dela mais tarde pra já começar o trabalho.

NAJU: Mãe? Cheguei!

ARLETE: Oi filha! - vi ela descendo a escada.

NAJU: Bença, mãe - deixo um beijo na testa dela.

ARLETE: Deus te abençoe minha filha

NAJU: Como a senhora tá? Já tomou seus remédios? - me sentei no sofá e ela também.

ARLETE: Eu to bem e já tomei os remédios também. E você? como foi o curso? - ela começou a fazer carinho no meu rosto e eu sorri toda boba, senti tanta falta dos carinhos dela.

NAJU: Eu to bem, o curso hoje foi puxado, inclusive vou ter que ir lá na Tamires mais tarde pra fazer trabalho, tudo bem?

ARLETE: Claro, eu vou dar uma saída mais tarde também, Debora me chamou pra ir pra uma gira no barracão dela - minha mãe é aquele tipo de pessoa que pra onde chamam ela vai, igreja católica, evangélica, casa de umbanda, casa de candomblé. Sempre amei isso nela também, a forma que ela vê as coisas e da sempre aberta a tudo.

NAJU: Tá bem, qualquer coisa a senhora me liga - ela assentiu com a cabeça e eu me levantei - bom, vou fazer nosso almoço - dei outro beijo na testa dela e fui pra cozinha fazer almoço, hoje vou fazer uma lasanha que eu to merecendo.

Peguei as coisa tudo e comecei a preparar, coloquei uma musica e entrei no meu mundinho. Demorou um tempo pra ficar pronto, mas quando o cheirinho delicioso subiu, fez valer a pena. Fui tomar um banho assim que acabei e coloquei uma roupa fresquinha, um short jeans e um top preto, desci e vi a minha mãe preparando a mesa e eu fui ajudar, depois a gente comeu e conversamos sobre a próxima consulta dela. Depois que a gente acabou eu arrumei a mesa e a minha mãe lavou a louça.

MINHA DONA É VOCÊWhere stories live. Discover now