Pela Eternidade. (Emily/You).

Capítulo-9

POV.S/n.

Eu estava na mesa de jantar na casa dos Dickinson nesse momento, todos nós esperávamos em silêncio o que estava por vir. Odiava ver Emily tão nervosa mas ela estava e, na frente de todos, eu não podia fazer nada e isso me cortava o coração. Não poderia segurar sua mão, não poderia falar que tudo ficaria bem pois meus olhos entregariam na hora que eu a amava. Por que tem que ser tão difícil demonstrar amor? Por quê?

Edward havia nos chamado e, eu temendo pela segurança de Emily, fui pois sabia que se prolongasse as coisas ele faria muito pior. Meus pais não sabiam o que havia acontecido, ainda estavam bravos com ele por tentarem me juntar a Austin, matariam ele se pudessem. Logo Edward se levanta e me olha nos olhos, vi Emily me olhar preocupada pelo canto dos olhos, ela temia por mim, e o mais assustador não é isso, o que mais assusta é que eu temia por ela.

-Por favor continuem comendo, meu amor, os entretenha.- fala Edward olhando para a mãe de Emily, essa mulher não acorda? Só ordens? O que é isso? Eu já sei, mulheres tem que ser obedientes, cuidar da casa e dos filhos. Espero que isso mude um dia.- S/n...- ele fala meu nome ouço Emily respirar fundo e seu coração acelerar.

-Pai!- fala Emily, se levantando e o olhando, todos estavam de olho em Edward e Emily, ela tentaria o fazer prestar atenção nela e não em mim. Ela estava nervosa demais, queria que ela soubesse que não teria como ele me machucar.- eu posso te contar o que aconteceu quando tentei escrever hoje? Foi mágico! Eu- Edward a corta.

-Teremos tempo para isso mais tarde Emily!- fala ele e eu suspiro, ele me parecia mais calmo, não parecia o mesmo homem que correu atrás de nossa carruagem na tarde passada, ele estava mais centrado, não sei até onde isso seria um disfarce. Não queria que meus pais soubessem o que aconteceu pois não sabia se Emily se sentiria confortável que eles soubessem, e antes que Edward chamasse a polícia ou chegasse em nossa casa maluco preferimos voltar.- S/n, quero conversar com você. Podemos?- pergunta já se dirigindo ao seu escritório.

-Claro...- falo séria e meus pais me olham confusa, eu os olho e eles suspiram, olho pra Emily. Ela estava tão preocupada comigo, sorrio disfarçadamente para ela pra que ela se acalmasse. Sigo até o escritório e fecho a porta mas não sem antes olhar para Emily uma última vez. Vejo Edward encostado em sua mesa.- Edward...- ele me corta.

-Você veio até minha casa, me desrespeitou na frente de minha filha, tirou minha autoridade, me bateu e ainda se senta em minha mesa como se nada tivesse acontecido! Quem pensa que é?- meus pais ouviam a conversa, tenho certeza. Pense em Emily S/n! Ela precisa de você!

-Minha criação é diferente da sua e de sua família! Não é aceitável bater em qualquer um na nossa família! Minha reação foi de acordo com meus valores, eu sinto muito seu filho da puta! Não pensei que era legal bater em sua filha, no rosto, mais precisamente. Pensei que abominaria tal feito mas se na sua família é normal ensinar a base de tortura corporal, eu sinto muito!- falo e ele me olha sério e totalmente furioso, eu esperava que ele não me separasse de Emily, que não a proíba de me ver. Suspiro o ouvindo me chamar.

-O que foi S/n? O gato comeu sua língua?- pergunta e eu trinco a mandíbula. Eu havia pensado tudo que falei em minha cabeça mas não falei nada pois sabia que só pioraria as coisas. Eu quero tanto voar no pescoço desse idiota agora.

-Sinto muito senhor Dickinson, foi um estimulo de defesa, na minha família não aceitamos agressão.- falo e ele range os dentes me olhando com raiva.

-Que não aconteça mais! Não quero Emily lendo esses livros! Você os deu pra ela?- pergunta e eu nego.

-Não, eu os leio, nas vezes que vim aqui o esqueci e Emily provavelmente só estava o guardando pra mim pra que me lembrasse de me devolver!- falo e ele suspira coçando a cabeça.