8. Só não gosta como adora

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• Clara •

Natal! Adoro essa época do ano onde a família se reúne e a gente troca presente.

— E esse é pra você, Clara! — Minha tia falou enquanto pegava o presente de baixo da árvore.

— Obrigada, tia. — Falei pegando o embrulho da mão dela e abrindo em seguida. — Ah, um vibrador... — Sorri falso.

— Já que você tá encalhada. Quando você tiver vontade, já tem um.

As vezes eu não gosto da minha tia, ou sempre.

— Deveria comprar um pra você também, né? Meu tio não deve mais querer transar com você, por isso que volta tarde pra casa. — Falei.

— Clara! — Minha mãe me repreendeu.

— Ué, pura verdade. Transo mais que ela mesmo não sendo casada

— Ai meu Deus, Clara, fecha essa boca um pouco! — Minha mãe falou sentada na ponta do sofá olhando pra mim.

— Vou ver como tá o Caiê. — Me levantei subindo as escadas.

Não lembrava o quando a irmã da minha mãe é chata!

• Matuê •

— Matheus, desce que as visitas já chegaram! — Minha mãe gritou e terminei de passar o perfume e logo desci. — Oi. — Falou abrindo a porta.

— Luci! Quando tempo irmã.

— Que surpresa você aqui, Lu.

— Pois é, tive que passar o natal ano passado com a família do namorado da Roberta, acredita? Que gente chata.

— Fica a vontade, viu? — Minha mãe falou dando espaço pra ela entrar.

— Obrigada. — Vi ela entrando, caminhando só de um lado e cheia de sacolas nas mãos. — Matheus! Como você tá bonito. — Me deu um beijo.

— Valeu, tia.

— Ajuda a tia aqui a levar essas coisas pra cozinha. — Peguei as sacolas dele e fomos pra cozinha.

— E como tá a Roberta, tia Luiza?  — Perguntei largando as coisas no balcão.

— A Roberta ta bem, não quer mais passar o natal com a família, só com o namorado agora. E as suas namoradinhas? — Sorri falso.

Essa bendita pergunta, sério.

— Tão bem tia. — Falei e saí da cozinha pra cumprimentar o resto dos parentes.

...

Tava sentado no sofá enquanto todos conversavam. Desde quando o natal ficou chato? Era pra ser uma data legal, não era? Não vi nem propaganda da Coca-Cola na televisão.

Avisei minha mãe que ia sair e fui pra praia que não era longe de casa. Agora todo lugar seria ótimo, ao invés de casa.

— Matheus! — Ouvi alguém me chamar e procurei em volta vendo que era a Clara sentada na areia junto com o Caiê.

— E aí. — Me sentei do lado deles.

— Papai! — Caiê falou e veio pro meu colo.

— Oi filhão. — Deixei um beijo no rostinho dele.

— Tava chato lá na sua casa? — Clara perguntou e assenti. — Lá em casa não tá muito diferente. — riu fraco. — Você acredita que minha tia me deu um vibrador de amigo secreto?! — Gargalhei. — Você tá rindo?! — Me olhou rindo com deboche.

— Desculpa. — Falei tentando parar de rir.

— E ainda falou que sou encalhada.

— Ela não tá muito errada, né?

— Até parece que você não sabe do Rafael. Mas você também não é muito diferente.

— Ah que isso?! — Murmurei coçando a nuca.

— Eu te empresto o vibrador quando você quiser. — Ri.

— Não precisa, eu já tenho você.

— Matheus! — Riu. — Mais eu aceito. Daí eu posso devolver aquele treco pra minha tia, ela deve tá precisando mais que eu.

— Não faria mal um irmãozinho pro Caiê. — Brinquei.

— Se pelo menos a gente tivesse juntos, até daria. Mas enfim, eu tava pensando esses dias e o que se acha da gente passar o réveillon viajando? Com amigos, a equipe.

— Boa! Vamo sim. Mas aonde?

— Eu tava pensando, praia não porquê a gente já mora numa, mas porque não praia? Daí a gente aluga uma casa de frente pra praia com piscina. E de noite da pra fazer uma fogueira, uma coisa bem vibes, sabe? E a gente até pode...

Na verdade eu nem tava prestando atenção no que ela tava falando, só admirando aquele rostinho bonito...

Sorri assentindo e me aproximei do rosto dela.

— O que foi, Tuê? — Murmurou se afastando.

— Desculpa! Eu tava viajando aqui. — Desvie o olhar dela e ela  logo segurou meu queixo me virando pra ela e me beijou.

— Eca. — O Caiê falou e nos afastamos do beijo.

— Você é muito esperto mulequinho. — Clara disse pegando o Caiê do meu colo e dando vários beijos nele. Sorri com isso.

O celular da Clara tocou e ela atendeu.

— Alô?.... Tá bom, já tô indo. Tchau. — Falou e desligou a chamada. — Tenho que voltar pra casa, Tuê. — Falou se levantando com o Caiê no colo.

— Beleza.

— A gente se vê. — Assenti.

— Tchau. — Ela se aproximou e deixou um beijo do lado da minha boca. Ela só não gosta como adora me provocar!

— Da tchau pro papai, filho. — Falou pro Caiê que me abanou.

— Tchau papai. — Sorri.

— Tchau filhão.

Notas

Não gostei 😪

Feliz ano novo pra vocês ❤️

Depois do Término | Matuê Where stories live. Discover now