CAPÍTULO 9

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Nunca tive uma tremedeira dessas!

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Nunca tive uma tremedeira dessas!

E olha que eu já tive uma diarreia terrível quando mais jovem. Mas nada comparado a isso.

Parece que toda vez que ele me olha, eu me tremo toda. E ele não tira os olhos de mim.

O prato que fiz para ele foi o mais feio desde o que fiz com terra enquanto brincava no quintal. Parece que um gato passou em cima do prato e bagunçou tudo.

O plano era agradar e até agora tudo está dando errado.

Como rápido para poder esconder meus braços e não cometer mais erros.

Ele disse que quer construir uma família, quer ter filhos.

Olha, eu não sei não. Ele é velho.

É bonitão, sexy, mas é velho.

E aposto que ele deve ter zombado em pensamento dos livros que leio, afinal, são fanfics e livros eróticos.

Os eróticos que pratiquei só em sonho e que jamais deixaria fazerem em mim na realidade.

Sendo bem sincera, Anastácia era uma doida varrida para deixar aquele pervertido fazer um monte de sacanagem nela naquele quarto vermelho da dor.

Eu não permitiria.

O Sebastian parece se divertir com o jantar, já os meus irmãos, por mais que saibam da importância que deve ter esse jantar para nosso pai, deixam estampado em suas caras pálidas que querem me ver passando vergonha.

Já ouvi sussurros demais para ver certeza disso.

Mãe Anna passou por aqui, olhou para o brutamontes ao meu lado e depois me olhou com pena.

Ela tem razão. Sei o que ela pensou. Eu teria pena de mim também, mas acho que ele não irá me escolher.

Meus sonhos eram acompanhados de Justin Bieber, não do pai dele.

Eu só tenho 19 anos. Esse cara deve estar beirando aos 40. Com saúde? Com muita saúde, eu bato palmas para isso, mas a diferença de idade é gritante.

Nunca conseguirei ter uma conversa com ele. As conversas dele devem ser chatas. Eu já vejo pela conversa que ele tem com meu pai.

Nem sou casada e já estou entediada.

— Eu gostaria de conversar a sós com Louise depois do jantar, se me permitem.

Conversar a sós comigo?

Isso não me parece uma boa ideia.

— Claro. Não é, Louise?

— Sim.

O trato foi falar sim pra tudo. Mesmo que eu não concorde, mesmo que nunca tenha feito.

Mas se for sobre sexo, meu pai disse que é para falar não.

Coitado. Será que pensou que eu diria algo diferente?

Ele nem sabe como vive sua bastardinha de quintal.

Só nas leituras mesmo. Com meus namorados literários.

— Ótimo. — ele come a sobremesa e eu também.

Depois disso, todos fomos para a sala, sobrei pra servir a bebida e não derrubei em cima do Sr. Roosevelt.

Derrubei no amigo dele.

— Desculpa.

— Não tem problema. Não é vinho e foram só algumas gotas.

— Louise está nervosa. Ela não costuma conhecer pessoas tão importantes assim.

— Pois é. — concordo com ele.

Mas importante quanto?

O que ele é?

O que seu amigo é?

Isso é o que me intriga.

— Você bebe, Louise? — Maximus pergunta.

Eu não estava preparada para ouvir isso.

Os nãos são para o sexo. O resto é sim, mesmo não sendo verdade.

Eu não bebo.

— Sim.

Ele balança a cabeça e meu rosto pega fogo com vergonha.

Quero fugir daqui.

Levo a garrafa vazia, após servir tudo e penso ser uma boa ideia ficar um instante na cozinha, longe de toda essa gente.

— Podemos conversar? — Maximus aparece no cômodo.

Eu não tenho um minuto de descanso.

Dominada por um mafiosoWhere stories live. Discover now